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| Foto: A Gazeta Bahia |
A cidade de Porto Seguro, na Bahia, foi sede da Assembleia Legislativa Itinerante, nesta quinta-feira, 22, instalada no Centro Cultural, onde se realizou a sessão ordinária. Os trabalhos presididos pelo deputado Marcelo Nilo, foram marcados de protestos, encabeçados pelo Movimento do Passe Livre. O plenário ficou lotado, com a participação de membros de movimentos pela terra, agentes de saúde, políticos e populares.
A sessão teve início às 14 horas, com o deputado Carlos Gaban, iniciando os trabalhos legislativos, com um discurso fervoroso contra o Governo Jaques Wagner, e só terminou por volta das 18 horas. Disse o deputado que a situação em que se encontra a Bahia e lastimável. Setores como a segurança, a educação estão capengas. Questionou aos colegas deputados: Quais as
obras que o governador Wagner Trouxe para Porto Seguro, ao longo de sete anos de mandato?
Após a fala de Gaban, seguiu-se com o deputado Carlos Ubaldino, Ronaldo Carletto, deputada Ângela, Zé Neto, Isidoro, Paulo Hage, Timóteo, Bruno Reis, Bira Coroa e tantos outros. Embora o ato de levar a Assembleia Itinerante tenha um valor histórico para Porto Seguro e região. Uma espécie de chamamento para amplas discussões entre a sociedade regional e o parlamento, o que se viu mesmo foram troca de farpas, discursos a favor e contrários o Governo Estadual. Nada que fortalecesse a democracia e atendesses ao povo, de fato.
Faltou, antes dos debates, mesas de recebimentos das reivindicações das comunidades, dos empresários, dos prefeitos. Enfim, o projeto da Assembleia Itinerante em Porto Seguro, não trouxe maiores benefícios, mas serviu para aproximar alguns parlamentares e seus correligionários. A missão foi cumprida.
É uma iniciativa inédita na história do parlamento baiano, chegar aos municípios do interior, com o objetivo de aproximar os deputados das comunidades que eles representam e discutindo, junto a eles, temas de interesse regional.
O programa Assembleia Itinerante já passou, com êxito, pelos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Teixeira de Freitas, e em Juazeiro.
A sessão ordinária, com caráter deliberativo permitiu a discussão da conjuntura econômica, política e social de Porto Seguro e região. Embora abertas à participação popular, neste momento, a palavra foi restrita aos deputados.
Outro ponto negativo, foi a ausência dos prefeitos da região. Só estiveram presentes, a prefeita Cláudia Oliveira e o prefeito Júnior Dapé. Embora, muitos vereadores de vários municípios da região se fizessem presentes.
HISTÓRIA DA ASSEMBLEIA ITINERANTE
O projeto Assembleia Itinerante foi criado para levar o trabalho do Legislativo baiano para perto da população, ouvir seus interesses, solicitações e tornar mais fácil a realização de projetos que melhorem a qualidade de vida das pessoas.
Segundo o presidente Marcelo Nilo, "o objetivo não é partidário, para promover os deputados, mas sim político, para divulgar o trabalho legislativo e dar mais participação à população", pontuou. Ainda de acordo com Nilo, "o político precisa ouvir a sociedade" e essas sessões serão realizadas em todas as regiões do estado, justamente para ouvir as reivindicações das pessoas, as principais necessidades de cada município da Bahia.
Dessa maneira, a escolha das cidades para realização da Assembleia Itinerante levou em consideração a importância econômica e regional. A primeira foi Feira de Santana, por ser um importante entroncamento rodoviário e a mais populosa da Bahia depois da capital.
Para os deputados, é um fato histórico, pois é a primeira vez que o parlamento estadual se desloca da sede em Salvador para ir deliberar e recolher sugestões diretamente da população interiorana.
