"Perde o jurisdicionado, perde o Judiciário em prestígio. Tempos estranhos, que não são os meus", criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, sobre a falta de julgamento do colegiado e sobre a sessão virtual, “na qual sempre prevalecem a visão do relator, inclusive com o famigerado voto omissivo: aquele que não se pronuncia tem 'o voto' computado como acompanhando o todo poderoso relator', aponta o ministro.
As liminares monocráticas são decisões realizadas apenas por um ministro e que têm caráter provisório, podendo ser referendadas ou não por um órgão colegiado, como as turmas e o próprio plenário do STF.
Magistrado do STF que mais expede liminares individuais, tendo expedido ao todo 520 decisões do tipo, contra a média de 185 por ministro, de acordo com levantamento do jornal Folha de São Paulo, Marco Aurélio comenta que “o princípio do colegiado está em baixa", e sobre a quantidade de liminares que assinou, disse que faz sua parte. "Que cada qual faça a sua parte, ao invés de simplesmente criticar. Esse é o lema", finalizou.