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Lixão de Guaratinga avança sobre o asfalto, coloca em risco motoristas e pedestres e agride o meio ambiente


Por: Clic101 / Guarababado
Publicado em 05/02/2015 10:09

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A situação do lixão de Guaratinga foi objeto de longa e importante matéria veiculada num site local, o Guarababado, começando por dizer que entra ano, sai ano, o problema continua o mesmo e parece que ninguém se importa em resolvê-­lo. Trata­-se de uma área localizada nas margens da Rodovia BA 283, cerca de três quilômetros da cidade, e que há décadas vem sendo usada como um enorme lixão a céu aberto pela Prefeitura de Guaratinga, que despeja ali o lixo recolhido no perímetro urbano do município. A cidade não dispõe de um aterro sanitário, por isso, os resíduos sólidos gerados pela população são jogados no lixão, na entrada da cidade.

Foto: Adalberto Oliveira/Guarababado

Os lixões deveriam ter acabado em todos os municípios do Brasil em 02 de agosto de 2014, cumprindo determinação estabelecida na lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O município que não cumprir a legislação deverá sofrer punições previstas em lei de Crimes Ambientais, que prevê multa variando de 5 mil a 50 milhões. Uma das saídas para os municípios seria um TAC – Termo de Ajuste de Conduta com objetivo de resolver esse problema que hora assola o município de Guaratinga.



Foto: Adalberto Oliveira/Guarababado 

O pior é que agora o local vem avançando a cada dia, pois a empresa que faz a coleta do lixo vem despejando o lixo na beira da pista, o que é um perigo para os motoristas que trafegam por ali, já que os resíduos atraem urubus que muitas vezes vão de encontro aos seus veículos, sem falar na fumaça provocada pelas queimadas, o que é feito geralmente à noite, prejudicando a visibilidade. Outros animais também são atraídos pelo lixão. Outra preocupação que também passa despercebida pelas autoridades locais é quanto ao risco de contaminação de pessoas que diariamente fazem caminhada na rodovia, no sentido do lixão. Por conta disso, o risco de contaminação é eminente.

Os lixões são espaços abertos, localizados geralmente nas áreas mais afastadas das cidades. Infelizmente esse não é o caso de Guaratinga, onde o lixão parece um cartão postal, uma das primeiras paisagens para quem chega à cidade, com lixo apodrecendo ou sendo queimado. Não devem ser confundidos com aterros sanitários, sendo um método que não leva em consideração critérios sanitários ou ecológicos, provocando contaminação das águas e do solo, e a poluição do ar com gases tóxicos.

  Foto: Adalberto Oliveira/Guarababado

A reportagem do Guarababado relata ainda ter ouvido o secretário de Meio Ambiente e Turismo, Juvenil Dias, que teria dito que em  relação  ao  aterro,  menos  de 2%  dos  municípios  do  Brasil  conseguiram  se  adequar  à  lei. No caso do município de Guaratinga e os municípios que compõe a Costa do Descobrimento, o processo estaria sendo elaborado pelo consórcio que foi criado com o objetivo de atender a destinação final aos resíduos. Juvenil disse que o município sozinho não tem condições de arcar com os custos do aterro, por isso busca parceiros.

Questionado sobre ações que o município irá tomar para resolver o problema do lixo que invade a pista e das queimadas que vêm ocorrendo, o secretário informa que a empresa rsponsável pela coleta do lixo foi notificada, com prazo para se adequar, fazendo uma intervenção mínima para diminuir os impactos. Ainda de acordo com o secretário, a queimada do lixo fica suspensa imediatamente. Juvenil Dias entende que 15 dias é um prazo bem razoável para a adequação. O descumprimento destas adequações acarretará em multa diária de 2 mil reais, prevista no Código Municipal do Meio Ambiente.

A população de Guaratinga espera que essa paisagem na chegada da cidade chegue ao fim, embora veja com desconfiança qualquer tipo de promessa e de solução, finaliza a matéria.

 








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