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MONTINHO - Fiscalização apreende máquinas, equipamentos e materiais usados na produção de artesanato


Por: Clic101
Publicado em 25/10/2013 11:09

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Em ação empreendida pelo Ibama, Polícia Militar Ambiental e ICMBio, visando averiguar e coibir o uso ilegal de madeiras nativas da Mata Atlântica no extremo sul da Bahia, foram apreendidos naquela localidade, lixadeira, cavadores de colher, torno, motores de torno, serras, peças de parajú e sapucaía, mais de mil colheres, mais de quinhentos pilões, gamelas, farinheiras e pratos de madeira, tendo sido embargados dois locais, embora tenha sido averiguada a existência de outros pontos de produção irregular.

Segundo o ICMBio, embora ali se faça o uso de eucalipto, alternativa legal, este representa pequena parte da produção, e a produção e comercialização de artefatos de madeira com essências nativas da mata atlântica no local é amplamente conhecida.

Ainda segundo o ICMBio, “essa ilegalidade também ocorre em outras localidades da região, a madeira irregular provém dos remanescentes florestais, principalmente do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal e envolve inclusive a população indígena que reside nas Aldeias e fora delas, fato confirmado pelos moradores de Montinho durante a fiscalização”.

“Montinho já foi contemplado com o Projeto Formas da Natureza, executado pela Raízes Meio Ambiente e Desenvolvimento, que desenha a cadeia produtiva de artefatos de madeira com o Eucalipto, e diante disso”, afirma Apoena Figueiroa - coordenador regional do ICMBio, “Montinho não pode insistir no uso de madeira irregular da mata atlântica”. Apoena ainda afirma que ações de fiscalização em toda a cadeia exploratória de madeira nativa, principalmente a oriunda do Parque Nacional, continuarão ocorrendo.

Outros projetos existem na região para incentivar a população indígena e não indígena a deixar de extrair e manufaturar a madeira nativa. Entre eles destacam-se o projeto de reflorestamento do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal realizado pelo Grupo Ambiental Natureza Bela com financiamento do BNDES e a Cooplanjé, cooperativa indígena que trabalha neste reflorestamento e o projeto Arboretum que prevê o financiando de viveiros de quintal nas Aldeias da região do Monte Pascoal.

“Muito ainda precisa ser feito em termos de fonte de renda e em termos do comprometimento da população em parar com a retirada de madeira nativa, mas todos os atores envolvidos nesta questão estão, em rede, trabalhando para atingir a meta de desmatamento zero”, afirma Carolina Ferreira, servidora do ICMBio.

“Necessário ainda se faz conscientizar os consumidores para não adquirirem essas peças de madeira nativa”, afirma Henrique Jabur, chefe da fiscalização do IBAMA.



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