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Principais frases de Dilma na entrevista a jornalistas


Por: Clic101/RBS
Publicado em 07/11/2013 12:27

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A tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, que irá completar 10 meses em novembro, foi o momento mais dramático que a presidente Dilma Rousseff enfrentou desde que chegou ao Planalto, em 2011. A revelação foi feita nesta quarta-feira, durante entrevista concedida a jornalistas do Grupo RBS.

A petista também falou, por cerca de uma hora, sobre protestos, as viagens pelo país, preconceito por ser a primeira mulher eleita presidente da República, espionagem americana e da Abin e até de suas recentes fugas.

LEIA AS PRINCIPAIS FRASES DA ENTREVISTA

Infraestrutura - "O Brasil parou de investir. Então, o que aconteceu nos últimos 30 anos? Nós tivemos uma situação que foi uma hipertrofria. Ou seja, aumentou muito a parte de fiscalização e reduziu-se muito a de execução Quando cheguei no Ministério de Minas e Energia (em 2003, no primeiro governo Lula), tinha três engenheiros e 25 motoristas."

"É absolutamente imprescindível no Brasil que a gente tenha pressa no que se refere a investimento em infraestrutura, porque tem uma carência muito grande. Quando se fica muito tempo sem investir, se corre atrás da máquina e é o que estamos fazendo."

Machismo - "Eu nunca vi ninguém falar que um presidente homem era duro, determinado, forte e exigente. É interessante. Eu, inclusive, cheguei à conclusão de que eu estava cercada de homens meigos. Todos os homens do meu governo eram meigos e eu era muito brava."

Viagens - "Eu acredito que, cada vez que se aproxima o final do seu mandato, você tem mais coisas para entregar, então, a viagem se torna mais constante. Eu não vou deixar de viajar por razão nenhuma, é parte integrante do exercício da minha condição de presidente."

Espionagem - "O que está em questão no caso da espionagem, da denúncia de espionagem não só contra o Brasil, mas contra outros países, é o fato de que foram violados e-mails privados, ligações telefônicas. Se violou internet, violou a privacidade, e não foi só de chefes de Estado, mas de indivíduos e de empresas dentro de um processo que não tem muita justificativa de luta contra o terrorismo.

"Abin acompanhou atividades. Isso é previsto na legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. (...) No outro caso, não é isso. No outro caso, é um aparato de violação da privacidade, dos direitos humanos e da soberania dos país. Algo que não acho correto."

Racismo - "Num país como o nosso, que tem toda a herança da escravidão, a partir da abolição a forma de manter a hierarquia gerada na sociedade escravocrata foi o racismo. Ou seja, a diminuição das capacidades de uma certa cor de pele como forma de manter uma hierarquia social. Isso durou e tem repercussão ainda hoje. Se nós não tratarmos dessa questão que torna o negro pobre e o pobre negro, nós não estaremos construindo as condições para esse país evoluir.

"Não podemos aceitar políticos que pregam a discriminação, o racismo e o ódio. Seja de que tipo for."

Criminalidade - "Considero que a maior arma que temos a médio prazo para reduzir a criminalidade é a educação. Principalmente em jovens e negros."

"Alfabetização na idade certa, creche e mais ensino integral implica com que tenhamos outra forma de introduzir o jovem na sociedade. E obviamente acesso a ensino profissionalizante e universidade.

Educação - "Professor bem formado e bem remunerado é essencial para a gente melhorar a qualidade da educação. E isso exige recurso. Não adianta botar um patamar mínimo, um salário mínimo, e o Estado, o município, não ter recurso."

Mercosul - "O Brasil dá grande importância para o Mercosul e, ao contrário do que algumas pessoas falam, tem sido um elemento de crescimento para o Brasil."

Tragédia na boate Kiss - "Do ponto de vista pessoal, foi o momento mais dramático que eu vivi, porque ali você enfrentava a dor humana sem nenhum bloqueio. (...) A natureza não previu que filhos morressem antes do pai e mão."

Passeio do moto - "Se eu tivesse tempo, ia fazer sim [carteira para pilotar motocicleta]. Ainda não descartei essa hipótese, não. Deve ser muito interessante. Agora entendo porque tem tanto motoqueiro. Grande sensação de liberdade."

Fugas presidenciais - "Seria muito bom se eu tivesse fugindo para isso [namorar], seria um momento de grande relaxamento. Eu estou fugindo para coisa muito pequenininha ainda, como essa da moto."

Imprensa - "Acho que é um valor inequívoco a liberdade de imprensa no Brasil, e é algo que nós conquistamos. (...) A imprensa tem papel fundamental, mas não tenho dúvidas de que tem excessos."

Protestos - "Não podemos concordar com manifestações onde as pessoas escondem a cara e praticam vandalismo. (...) Não é possível achar que manifestação que destrói patrimônio público e privado e fere outras pessoas são manifestações democráticas. Eu tenho dito que de civilizadas elas não têm nada. Isso é a barbárie."

Aumento no combustível - "Não vi, não me deram e eu não me manifestei sobre nenhuma proposta."








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