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MULHERES NA POLÍTICA

Ministério Público Eleitoral vai investigar possíveis candidaturas ´fantasmas`de mulheres


Por: CliC101 | Correio
Publicado em 12/10/2018 06:21

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Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público Eleitoral (MPE) vai investigar possíveis candidaturas “fantasmas”  de mulheres para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições  deste ano. A suspeita é que alguns partidos ou coligações tenham lançado  postulantes femininas apenas para cumprir a cota de 30% de mulheres nas chapas  proporcionais. Tanto na disputa pelo Legislativo estadual quanto pelo federal, as dez  candidaturas com menor número de votos são mulheres. Para deputado estadual e  federal, as candidatas menos votadas tiveram apenas três apoios cada. Elas também não tiveram gastos de campanha. 

 

O chefe do  MPE, Cláudio Gusmão, contou que está aguardando dados do Tribunal Regional  Eleitoral (TRE) para iniciar a apuração. Segundo ele, três indícios podem apontar para  candidaturas fantasmas: votação zerada ou próxima de zero; nenhum gasto de  campanha; e sem aparição na propaganda de TV e rádio. “A partir daí, vamos, por  amostragem, escolher duas ou três mulheres e pedir para que elas venham à  Procuradoria”, disse.

 

Crítica

Cláudio Gusmão acredita que a atual legislação, ao reservar percentual mínimo de  30% de candidaturas femininas, já se mostrou ineficiente para ampliar a participação  das mulheres na política. Para ele, o ideal era que houvesse uma cota para as  próprias casas legislativas. “Aí os partidos iriam se esforçar para viabilizar as candidaturas de mulheres. Se tivesse, por exemplo, 10% na Casa reservado para  mulher, os partidos iram criar condições para preencher aquelas vagas”, afirma. Gusmão ressalta que as siglas continuam priorizando quem já tem mandato ou tem fama no meio político.








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