Filiado ao PCdoB desde 2005, num tempo em que estava sendo feita campanha para aumentar o quadro do partido, sem nunca ter sido militante político, e até convidado para sair como candidato ao Senado, “porque as pessoas acham que você vai querer alguma coisa”, Martinho da Vila afirma que parou de falar de política, prefere falar de música, e decidiu cuidar só da sua vida, do seu trabalho.
“Ódio político
A gente fala e se irrita porque as coisas não mudam e eu só gosto de coisas que eu possa mudar, interferir diretamente. Não conheço ninguém que goste do Brasil atualmente com aquela força. Pelo contrário, tem pessoas que até estão doentes diante dessa realidade. Nunca vi tanto ódio político entre as pessoas como agora. Antes, a gente discutia, cada um com sua opinião e ideologia, mas não se odiava. E as redes sociais botaram mais fogo nisso”, diz Martinho, que além de ser um dos maiores compositores do país, é escritor e já lançou 15 livros.