Segundo informam lideranças do PT, nenhum de seus parlamentares participará da cerimônia de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no dia 1º de janeiro no Congresso Nacional.
"Participamos das eleições presidenciais no pressuposto de que o resultado das urnas deve ser respeitado, como sempre fizemos desde 1989, vencendo ou não. (...) O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios", diz a nota assinada pelos líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Lindbergh Farias (RJ) e pela presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR).
As bancadas do PT no Congresso afirmaram ainda que o futuro governo tem a intenção de "destruir por completo a ordem democrática e o Estado de Direito no Brasil", com o aprofundamento de "políticas entreguistas e ultraliberais do atual governo, o desmonte das políticas sociais e a revogação já anunciada de históricos direitos trabalhistas".
O partido também credita a Bolsonaro um ódio ao PT, a movimentos populares e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Seguiremos lutando, no Parlamento e em todos os espaços, para aperfeiçoar o sistema democrático e resistir aos setores que usam o aparato do Estado para criminalizar adversários políticos", diz a nota.
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