A médica cubana Ramona Matos Rodríguez, 51 anos, que afirma ter atuado no programa Mais Médicos no estado do Pará, fugiu e pediu ajuda na Câmara dos Deputados em Brasília, na tarde desta terça-feira (04).
A médica alega que não recebe o salário a que tem direito, e que assinou contrato em Cuba em setembro passado, com a promessa de receber mil dólares americanos por mês, cerca de R$ 2,5 mil. Ela mostrou o contrato assinado com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A. em que estão especificados os valores.
Além disso, relata que durante o curso de preparação para os profissionais do Mais Médicos, em outubro, em Brasília, soube que os colegas vindos de outros países receberiam salário entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. “Me senti enganada, muito mal, e fiquei pensando em como sair (do programa)”.
O caso acontece apenas uma semana depois da visita da presidente Dilma Rousseff a Cuba, e dela ter agradecido ao presidente cubano Raul Castro a parceria no programa Mais Médicos.
Segundo o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), a equipe jurídica do partido irá solicitar asilo político ao Brasil para a médica, e enquanto isso, ela permanece ocupando o espaço cedido pela liderança, onde está abrigada até que a sua situação seja resolvida.
