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CORNETEIROS DO FRACASSO

Governador baiano critica seus próprios aliados por recusa a negociar reformas e temas relevantes para o país

"(A esquerda) não capitaliza aquilo que ajudou a mudar e não possibilita que o povo conheça eventuais prejuízos que terá", argumentou Rui Costa

Por: CliC101 | Tribuna
Publicado em 09/08/2019 08:04

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou a estratégia adotada por seu próprio campo político – de centro-esquerda – de se recusar a negociar temas relevantes para o país como a reforma da Previdência.

De acordo com publicação do Valor Econômico, o petista baiano considerou uma “atitude improdutiva” a ameaça do PSB e PDT de quererem expulsar os integrantes do partido que votaram a favor da reforma.

“Em vez de negar o debate, como o PT e a esquerda fizeram, acumularia mais e evitaria o sofrimento do povo mais pobre se entrassem no mérito do debate. Vai negar que a reforma previdenciária é necessária ao país? Não, ela é necessária. Mas por onde fazer a reforma, pelos mais pobres ou pela diminuição de privilégios?", afirmou Rui Costa. O governador baiano declarou, ainda, que a oposição deixou de capitalizar até mesmo os ganhos obtidos durante o debate da reforma da Previdência, como a derrubada da capitalização, das mudanças nas aposentadorias rurais e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). 


"(A esquerda) não capitaliza aquilo que ajudou a mudar e não possibilita que o povo conheça eventuais prejuízos que terá", argumentou. Rui Costa afirmou ainda que a esquerda deveria ter mostrado os problemas e contradições da proposta previdenciária, como forma de pressionar por mais mudanças no texto. "Isso poderia ter criado um constrangimento maior para quem fosse votar e eventualmente o projeto sairia melhor do que está saindo, em vez de fazer só o debate ou ficar contra a reforma. Quando vai para a posição de contra, você está negando a realidade”, pontuou. 


Ao defender uma reforma da Previdência, o governador diz ainda que não há nação no mundo que não faça revisões periódicas nas regras da aposentadoria. "No mundo todo a expectativa de vida aumentou, o emprego formal diminuiu. Ou faz o ajuste ou a Previdência não fica de pé. Vai negar a necessidade? Vai conseguir juntar massa crítica em favor de suas ideias só negando, sem apresentar o motivo de estar negando?", indagou.








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