Na Sessão da Câmara de vereadores desta quinta-feira (20), o vereador Salvador Assis teve a palavra franqueada e depois de falar de outros assuntos, se mostrou indignando com a atual falta de medicamentos no Centro e Atenção Psicossocial (CAPS).
A indignação e cobrança do vereador foi principalmente pelo motivo da prefeitura, através da secretaria de saúde, ter gasto um montante de R$ 7.800,00 em camisas para a campanha de comemoração do dia das mulheres.
Confira em áudio a fala do vereador Salvador Assis e o desafio feito por ele.
“Mas, o que me deixa mais contrariado é que para fazer uma campanha, que seja ela de vacinação ou qualquer que seja, do dia da mulher... a campanha é bem vinda! Claro que é bem vinda. Mas será, senhoras e senhores, que é necessário para cada campanha que faça, investir R$7.800,00 na compra de camisas, enquanto está faltando remédios nos postos e no CAPS para as pessoas que realmente têm necessidade?”, disse Salvador Assis.
O líder do prefeito, vereador Renaldo Santos Porto, entrou em contato com o Secretário de Saúde Lúcio França, pediu a palavra e disse que o mesmo informou que todos os remédios já teriam sido comprados e que apenas um medicamento estaria em falta por motivo da não liberação pelo órgão ANVISA.
“[...] Liguei para o secretário de saúde e ele me informou que já foi comprado todos os remédios do CAPS, já tem esse remédio, só não tem um remédio lá que a ANVISA não disponibilizou [...] Então eu convido vossas excelências a passar lá agora para a gente conferir e ver se tem esse remédio ou não”, disse Renaldo.
“[...] Desafio vossa excelência e desafio o secretário de saúde a comprovar que tem esse remédio lá”, retrucou Assis.
Após a sessão da Câmara, os vereadores Salvador Assis e Renaldo Porto, acompanhados da imprensa, foram ao CAPS e comprovaram mais uma vez que não tinha um dos remédios descritos na receita sob posse do vereador Salvador Assis. Mas o caso ficou mais complicado, porque no momento da visita ao CAPS, estavam em falta três tipos de medicamentos e não tinha previsão de chegada.
No CAPS, encontramos a senhora Carlene Costa, que estava em busca de um medicamento para o seu sobrinho. Carlene afirmou ser frequente a falta do medicamento usado pelo seu familiar, e disse ainda que muitas vezes o medicamento tem que ser comprado.
No início do seu pronunciamento, disse o vereador Assis: "Durante três semanas, uma senhora me entregou uma receita e essa senhora toma remédio controlado. Por três semanas eu me encaminhei ao CPAS para pegar a medicação e por três semanas consecutivas a mesma resposta: está para chegar. Por duas vezes eu procurei o secretário [...] e ele me garantiu, os remédios estão comprados, não foram ainda distribuídos. Mais uma vez me propus a ir ao CPAS e disse a ele que na quinta-feira eu iria tirar a prova e hoje eu fui. Fui para confirmar aquilo que eu já tinha certeza, então hoje tive no CAPS, e esta assim, receita pela metade. E se alguém achar que eu estou mentindo, a receita está aqui, vão até lá e vão ver que realmente está faltando”.
“E por incrível que pareça, quando eu perguntei a moça que faz a entrega da medicação, um prazo de chegada ela me simplesmente me disse: vá ao posto, pegue uma receita e compre”.