O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que estaria à disposição do candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil), para discutir um apoio mútuo para o segundo turno.
"Estou à disposição de ACM Neto", declarou. A declaração foi dada em entrevista coletiva em Brasília ao lado do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Neto, por sua vez, mandou aliados divulgarem a informação de que ele vai optar pela neutralidade no segundo turno. A questão ainda não está fechada. A Tribuna apurou que ele vai aguardar esses primeiros dias de segundo turno para manter uma decisão.
Neto está sendo pressionado a fechar de vez uma aliança com o presidente Jair Bolsonaro. O anúncio do acordo, inclusive, pode acontecer nas próximas horas.
Um dos principais motivos para isso é a fuga de doadores de campanha, que agora não querem colocar dinheiro em uma campanha que pode ser perdida. A aliança com Bolsonaro serviria, entre outras coisas, para atrair apoio do agronegócio para a campanha carlista.
Além da fuga de doadores, Neto vive outro dilema: vários prefeitos da Bahia já querem mudar de lado, vendo a perspectiva de poder ao lado do grupo petista. A conversa que circula é que, inclusive, ele pode sair ainda menor no resultado das urnas em um segundo turno.
A aliança com Neto é vista como essencial para a campanha de Bolsonaro em busca de avançar na conquista de votos do eleitorado baiano. Com apenas 24,31% dos votos válidos no estado, Bolsonaro busca que parte dos 40,80% eleitores que votaram no ex-prefeito de Salvador migrem para sua base.