Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam ontem as dependências da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O ato ocorreu no mesmo prédio onde uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem como intuito investigar as invasões de propriedades no estado, pode ser instaurada na Casa.
Os manifestantes, com tambores, bandeiras e gritos, ficaram em frente ao prédio do Legislativo baiano e contaram com a presença do vereador de Salvador Suíca (PT). A manifestação marcou os 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996.
Para Suíca, o movimento de luta por terra é “legítimo”. Ele frisou que a sociedade precisa conhecer mais o trabalho do MST. "Estamos aqui na Assembleia para reforçar a importância do MST como movimento social que luta por terra e por melhores condições de vida. É preciso conhecer mais sobre a importância do movimento e suas ações antes de fazer críticas”, disse, à Tribuna da Bahia. “Estou aqui para condenar atos como o que aconteceu em Eldorado dos Carajás. Lembrar para que isso nunca mais aconteça”, emendou o edil.
Em carta aberta transmitida ao MST na Assembleia, o presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, defendeu a legitimidade do movimento e se solidarizou com a mobilização. “Uma agenda cada vez mais urgente e contemporânea”, disse.
O dirigente estadual acrescentou ainda que o MST é o mais “generoso” dos movimentos e está "sempre presente nas principais lutas da classe trabalhadora".
CPI do MST - O pedido de CPI feito na Assembleia, de autoria do deputado estadual Leandro de Jesus (PL), conta com 29 assinaturas de parlamentares.
Além de Leandro, também assinaram em apoio à CPI o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes, Alan Sanches (União), Angelo Coronel Filho (PSD), Cláudia Oliveira (PSD), Diego Castro (PL), Eduardo Salles (PP), Felipe Duarte (PP), Hassan (PP), Ivana Bastos (PSD), Jordávio Ramos (Republicanos), José de Arimatéia (Republicanos), Júnior Nascimento (União), Kátia Oliveira (União), Luciano Araújo (Solidariedade), Luciano Simões Filho (União), Manuel Rocha (União), Marcinho Oliveira (União), Marquinho Viana (PV), Pablo Roberto (PSDB), Pancadinha (Solidariedade), Pedro Tavares (União), Emerson Penalva (PDT), Raimundinho da JR (PL), Robinho (PP), Samuel Júnior (Republicanos), Sandro Régis (União), Tiago Correia (PSDB) e Vitor Azevedo (PL).
