Depois das denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a presidente e candidata do PT Dilma Rousseff admitiu durante entrevista coletiva a jornalistas, que “houve desvio” na Petrobras.
"Se houve desvio de dinheiro público queremos ele de volta. Se houve não, houve, viu?", afirmou Dilma.
Ainda segundo afirmações da presidente, o governo pretende pedir o ressarcimento de todos os recursos desviados pelo esquema comandado por Paulo Roberto Costa, por meio de construtoras para financiar partidos políticos, entre eles o PT, PMDB e PP.
"Eu tomarei todas as medidas para ressarcir tudo e todos", "farei todo o possível para ressarcir o País”, disse a presidente, afirmando, contudo, que ainda não foi informada sobre valores que poderiam voltar para a estatal em razão da recusa do Supremo Tribunal Federal (STF) em permitir o acesso do governo a detalhes da delação premiada de Costa. "Ninguém sabe o que tem para ser ressarcido, porque os dados mais importantes da delação premiada não foram entregues a nós", disse.
Ao ser questionada sobre se o pagamento de R$ 10 milhões por Costa ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto no início deste ano, tiraria dos tucanos a bandeira da ética, ela afirmou que "ninguém está acima de suspeita".
"Não acho que ninguém no País tenha a primazia da bandeira da ética. Até o retrospecto do PSDB não lhe dá essa condição. Acho que não dá a partido nenhum", comentou.
"Acho que ninguém está acima de qualquer suspeita no Brasil".