Finalmente, a bomba: a prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, acaba de assinar decreto desapropriando uma área superior a pouco mais de 660.000 m² , pertencente à Amazonas Empreendimentos Imobiliários, de propriedade da família Pinto, localizada à beira da BR 367 – entre a Fox Guinchos e a entrada do Ubaldinão – para a construção da Cidade Administrativa, um projeto ousado e inovador, e que deverá reunir a sede da prefeitura e todas as suas secretarias, bem como possivelmente a Câmara de Vereadores, Forum e demais órgãos administrativos.
Segundo o procurador do município, Dr. Helio Lima, a decisão tomada pela prefeita visa atender ao interesse público e está respaldada na legalidade. “Estudamos várias possibilidades e a área que mais se adequou às necessidades da prefeitura foi a área em questão. A prefeita acabou de assinar o decreto e assim que a Justiça autorizar, deduzidos os impostos que a Amazonas Imobiliária deve aos cofres públicos, o município depositará em juízo o valor devido, tomará posse e dará início às obras, e que devem iniciar ainda este ano. A decisão está respaldada na legalidade e será um grande ganho para a nossa cidade, e que pela primeira vez em sua história contará com um moderno e eficiente Centro Administrativo, que acarretará na facilitação da vida dos cidadãos”, informa o procurador.
A Cidade Administrativa
Já de acordo com o arquiteto e secretário de Obras Marlus Brasileiro, a construção da futura Cidade Administrativa será um marco divisor de águas em Porto Seguro.
“ A idéia é construirmos uma Cidade Administrativa onde os cidadãos e contribuintes terão acesso a todos os principais órgãos públicos municipais e estaduais. Lá será construída a nova prefeitura, que reunirá todas as secretarias num único lugar, garagem, almoxarifado, além da construção do portal da cidade, da nova rodoviária, da Câmara de Vereadores, do Fórum e outros órgãos. No local haverá amplo estacionamento, refeitório para os servidores públicos municipais, salão de auditório, áreas de lazer, campo de futebol e outros equipamentos, em área construída que deve ultrapassar os 6.000 m²”, esclarece o secretário.
E complementa, “só quem ganha com essa desapropriação é o próprio município e os cidadãos, uma vez que a prefeitura economizará valor significativo em aluguéis, facilitando, ainda, a vida de todos que precisarem resolver seus problemas na prefeitura. Além disso, construiremos também uma moderna rodoviária junto ao local, lembrando ainda que exatamente neste mesmo local passará o anel viário que irá desafogar o trânsito da orla norte, e que ligará aquele ponto à Ponta Grande, evitando que pessoas que se dirigem à Cabrália e a Belmonte precisem passar por Porto Seguro. Tenho certeza que a população ficará bastante satisfeita com a decisão da prefeita Cláudia Oliveira, e que em muito vai ajudar no desenvolvimento e modernização da nossa cidade”, conclui o secretário.
Loteamento Porto Alegre pertencia ao município
E antes que alguns desinformados acusem a administração de estar perseguindo a família Pinto, necessário esclarecer que as terras que formam o Loteamento Porto Alegre, embora a área desapropriada não faça parte desta gleba, pertencia há aproximadamente 20 anos atrás ao município de Porto Seguro, tendo a família Pinto se apropriado das mesmas numa obscura transação imobiliária fictícia, ocasião em que elas teriam sido adquiridas de forma fraudulenta pela família Pinto, a preços irrisórios.
Segundo informações, o Loteamento Porto Alegre, assim como a fazenda localizada em frente, que pertenceu ao ex-prefeito Bahiano, faziam parte de uma área de mais de 6.300 hectares, e que teria sido doada pela empresa Vale do Rio Doce ao município. No cargo, o x-prefeito teria separado para si e seus familiares a melhor e mais valorizada parte da área, e que teria sido “adquirida” pela família Pinto em transações fictícias com uma imobiliária de Brasília, tendo os Pinto praticamente se apropriado da área de graça, motivo que levou ao rompimento entre o então vice prefeito Ubiratan Oliveira e o prefeito . Para ludibriar a população e esconder a forma como foi adquirido o Loteamento Porto Alegre, ainda segundo informações, as escrituras eram passadas no Cartório de Santa Cruz Cabrália.
Com o objetivo de criar um curral eleitoral e se perpetuarem no poder, outra parte da área pertencente ao município foi destinada ao Baianão, quando o então ex-prefeito Bahiano, tentando se fazer passar por bonzinho para a população pobre e desinformada, passou a incentivar a invasão do local, hoje um grande bairro de Porto Seguro.
