Mais uma demonstração de que quando se trata de aumentar salários, deputados estaduais e federais são rápidos e eficientes para trabalhar em causa própria.
O piso salarial brasileiro, o salário mínimo, passa de R$ 724,00 para R$ 788,00 em 2015, com um aumento de apenas 8,84%, fruto das fórmulas mágicas de ministros e parlamentares, que levam em conta a inflação do ano anterior e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB).
Já para parlamentares, poder executivo e ministros do STF, esses critérios são esquecidos e o que prevalece é a articulação, a negociação, o acordo, a defesa dos interesses próprios.
Os salários dos deputados, senadores, ministros do STF, governador e presidente, esses vão ter aumento que chegam até três vezes mais que o percentual concedido à classe trabalhadora.
Deputados estaduais e governador da Bahia
Um deputado estadual baiano, por exemplo, que atualmente ganha R$ 20.042,44, vai receber em 2015 o valor de R$ 25.322,25, num reajuste de 26,34%, isso sem contar uma série de benefícios.
O governador da Bahia, que hoje recebe R$ 18.653,00, terá um reajuste de 18,21%, passando a receber R$ 22.049,81.
Deputados Federais, Senadores e Ministros do STF
Em nível nacional, as remunerações em 2015 devem ser: Presidente da República R$ 30.900,00 (aumento de 15,76%), Ministros do Supremo Tribunal Federal R$ 33.000,00 (reajuste de 12,24%), deputados federais e senadores, que atualmente recebem R$ 26.723,00, terão um reajuste de 23,49% e em 2015 passarão a receber R$ 33.000,00.
Além do salário, cada deputado federal, por exemplo, recebe ainda ajuda de custo, “cotão”, auxílio-moradia, ressarcimento ilimitado de despesas médicas, verba de gabinete para até 25 funcionários, valores que alcançaram neste ano a importância de R$ 140.620,09, ou quase 1,8 milhão de reais no ano.
Ainda são destinados aos deputados federais outros benefícios sem valor estimado, como carro oficial, impressões e material gráfico (até 15 mil A4 por mês, até 2 mil A5 por mês, até 4 mil exemplares de 50 páginas por ano (200 mil páginas por ano), até 1 mil pastas por ano, até 2 mil folhas de ofício por ano, até 50 blocos de 100 folhas por ano, até 5 mil cartões de visita por ano, até 2 mil cartões de cumprimentos por ano, até 5 mil cartões de gabinete por ano, e até 1 mil cartões de gabinete duplo por ano.
