Segundo anúncio feito pelo novo governador da Bahia, Rui Costa, cerca de 4 mil policiais militares que estão fora de suas funções, dispersos em outros poderes, fazendo outras coisas no Estado, em trabalhos burocráticos, dentro e fora do governo, nas prefeituras, na Assembléia, serão chamados de volta aos quartéis para reforçar o policiamento nas ruas.
Pelo números apresentados pelo governador, existem 1.200 policiais cedidos a outros poderes, cerca de 2.000 desempenham atividades burocráticas dentro do Estado, e já foi solicitado levantamento do número de policiais cedidos às prefeituras.
“Estamos falando de quase 4 mil policiais que poderiam estar reforçando o policiamento nas ruas e estão fazendo trabalho administrativo, burocrático, ou, às vezes, sendo porteiro de outros órgãos públicos e atuando como vigilantes. Esta não é uma função de um policial militar e nós vamos consertar isso. Trabalho de porteiro deve ser feito por porteiro. Trabalho de vigilante deve ser feito por vigilante. Nós queremos valorizar nossos profissionais para que possam atuar nas atividades fins, para as quais fizeram concurso público para serem policiais civis e militares”, disse o governador.
“Vamos implementar algumas medidas de reorganização das duas polícias, de modernização, e instalar, não só na Região Metropolitana mas no Estado inteiro, câmaras com monitores para otimizar o trabalho da polícia naquelas áreas onde há um potencial maior de crime”, disse Rui Costa, para quem os índices de homicídio, que estão a nível de uma guerra civil, estão 80% vinculados direta ou indiretamente ao tráfico de drogas.