Notícias divulgadas pela mídia nacional começam a apontar casos considerados como nepotismo nas novas administrações estaduais.
Na Bahia, a filha de Jaques Wagner, Mônica, foi nomeada para o cargo de assistente de gabinete de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), com salário base de R$ 3.643,57, podendo variar para até acima de R$ 9 mil.
Ainda na Bahia, sob críticas e insinuações, o filho do senador eleito Otto Alencar (PSD), Otto Alencar Filho, foi indicado para presidir a Desembahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia.
O caso mais emblemático até agora está no Estado de Roraima, onde a governadora Suely Campos (PP) nomeou 19 parentes para ocupar cargos nas secretarias estaduais. Juntos, os irmãos, filhas e sobrinhos da governadora receberão salários que somam cerca de R$ 400 mil.
Na Bahia, Otto Alencar disse: “Meu filho é gabaritado para o cargo e tem um currículo compatível. Foi Rui quem chamou, eu não tive nada a ver como a escolha”.
Em Roraima, o fato não agradou nem o vice-governador Paulo César Quartieiro (DEM), nem o Ministério Público estadual, que vai analisar o caso. Um comunicado foi distribuído dizendo que “a escolha do primeiro escalão seguiu critérios de confiança, capacidade técnica e disposição para reconstruir Roraima. Todos os atos de nomeação seguiram critérios de legalidade”. O Ministério Público de Roraima recomendou à governadora exonerar os parentes. A promotoria apontou quinze parentes e familiares indiretos que devem deixar os cargos.