Os prefeitos do Espírito Santo que esperavam aquelas famosas ajudas do governo estadual, principalmente as financeiras, já foram informados de que a maior parte de suas demandas somente começará a ser atendida em 2016, sob alegação de dificuldades de caixa.
Numa lista apresentada pelos prefeitos ao governo, há o pedido para utilizar em custeio até 50% do fundo estadual para combate às desigualdades, alimentado por recursos dos royalties do petróleo. Os prefeitos também querem ajuda para bancar a educação e dinheiro para implantar o Programa Espírito Santo sem Lixão.
Há ainda o pedido para o governo do Estado contribuir financeiramente para a elaboração e implantação de planos municipais estruturantes que têm prazo vencendo em junho deste ano por exigência de lei federal. São os planos de Saúde, de Educação e de Mobilidade Urbana.
O próximo passo é o agendamento de reuniões da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes) com os secretários de Estado da Fazenda, Desenvolvimento Urbano, Saúde e Educação.
Responsável por colher as demandas, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Guerino Balestrassi (PSDB) – que já foi presidente da Amunes – contou que agora vai apresentar as demandas aos secretários, que vão receber os prefeitos nas próximas semanas. "O momento é de definir prioridades, ajustar o tempo dos municípios ao tempo do governo. Avaliar o que é melhor para a população e como o governo pode entrar”, explicou.
O atual presidente da Amunes, prefeito de Venda Nova do Imigrante Dalton Perim (PMDB) revelou que os prefeitos capixabas estão preocupados e quase à beira de um ataque de nervos, pois já há municípios extrapolando as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal. "A situação dos municípios ainda está sob controle, mas tem prefeito cortando serviços para ficar dentro da lei, e uns dois ou três já passaram dos limites. É uma situação muito estressante, daqui a pouco tem prefeito que não vai aguentar”, contou, sem nominar os colegas em apuros fiscais.
Dalton confessou que Guerino não fez promessas em nome do governo. "Ficou uma interrogação no ar, porque o governo ainda está tomando pé da situação”, completou.
Informações: Site de Linhares