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ITABELA - Prefeito critica o Governo do Estado; o povo critica o prefeito

A população do município de Itabela tem tecido críticas severas à administração municipal em seus mais diversos segmentos

Por: Clic101/Idalício Viana
Publicado em 07/02/2015 08:20

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Em recente entrevista ao site A Gazeta da cidade de Eunápolis, o prefeito de Itabela, Júnior Dapé, “fez duras críticas ao Governo do Estado, afirmando que o município de Itabela precisa dos investimentos por parte do Estado para os setores da Segurança Pública e da Saúde Pública”.

Na área da saúde, disse o prefeito: “Nós temos despesas de mais de R$ 1 milhão de reais, no entanto, só temos R$ 600 mil para tocar todo setor, pagar médicos, manter o Hospital Municipal, postos de saúde, ambulâncias, e outras despesas”.

Na segurança pública, falou que “um município com mais de 30 mil pessoas, localizado às margens de uma das rodovias mais movimentadas do Brasil, só temos uma viatura e poucos policiais”.

Na matéria, fala ainda que “o município de Itabela tem apresentado um dos maiores índices de criminalidade da região. Justamente por estar localizado em uma rota para os traficantes, as gangs têm se matado diariamente. Não temos policiamento. Precisamos de mais agentes para a Polícia Civil e mais policiais militares. Dessa forma, estaremos entrando em um processo de decadência, com a juventude se matando. Está ficando insuportável!”, disse o prefeito.

Entretanto, a população do município de Itabela tem tecido críticas severas à administração municipal em seus mais diversos segmentos.

Saúde - O único hospital existente na cidade, o Frei Ricardo, não atende a casos urgentes de maior gravidade, sendo os pacientes transferidos para Eunápolis e para Porto Seguro;

Segurança pública - O Gabinete de Gestão Integrada, criado como alternativa de solução para administrar as questões cruciais do setor, parece ter caído no esquecimento, e não se tem conhecimento de reuniões e ações oriundas do órgão nem dos recursos destinados ao Fundo Municipal de Segurança Pública;

Educação – O ano letivo está marcado para ter início no dia 2 de março, e as escolas municipais, segundo a APLB Sindicato, se encontram em condições precárias; APLB aciona o prefeito na justiça por apropriação indébita de repasses dos servidores; universitários se dizem prejudicados com a falta de transporte;

Capremi – A situação da Caixa de Previdência está cada dia pior, se limitando a duras penas em pagar os aposentados, não recebendo os repasses devidos, muito menos a dívida acumulada, sempre renegociada cada vez que o município precisa de uma certidão, mas cujo pagamento é sistematicamente suspenso tão logo a certidão é liberada;

Ação social – O Conselho Tutelar, que tem um trabalho importante, se encontra completamente sem poder cumprir as suas missões; ou não tem veículo para se locomover, ou não tem combustível, ou não consegue sequer passagens para traslado de pessoas sob sua tutela;

Agricultura – Apesar do interesse e da boa vontade do secretário, o setor precisa de uma secretaria atuante, que tenha relações estreitas com a classe produtora, responsável pela sustentação econômica do município; o Mercado Municipal envergonha a todos os cidadãos itabelenses, não honra o nome do ilustre homenageado, o saudoso Leones Costa; o que poderia ser uma feira limpa e digna para moradores e visitantes, está servindo como estacionamento de carrinhos de mão e bicicletas, com muita sujeira, falta de iluminação, sanitários imundos, esgoto escorrendo pelo lado de fora junto ao comércio de alimentos;

Comunicação – Já dizia o velho “Chacrinha: quem não comunica, se trumbica”; é o que acontece com o município, que não consegue manter um setor de imprensa responsável e atuante, não reconhecendo como elo importante com a comunidade e com os veículos de comunicação;

Obras – A tão decantada urbanização do espaço onde tradicionalmente têm sido realizados eventos importantes como Aniversário da Cidade e Festa do Café, continua do mesmo jeito, lama e buraco quando chove, e poeira quando o sol esquenta, transtornando a vida das pessoas e prejudicando os negócios dos comerciantes da área; a urbanização da Avenida Guaratinga também caiu no esquecimento, o perigo continua rondando quem trafega de moto, bicicleta, a pé e fazendo os seus exercícios matinais ou vespertinos; a iluminação da avenida parou na entrada do bairro Ouro Verde, e não se tem notícia de quando poderá chegar até a Jaqueira, setor onde têm acontecido acidentes com certa freqüência, por falta de iluminação, acostamento, e a imprudência de alguns motoristas que insistem em exceder a velocidade estabelecida nas placas de sinalização; até a sede da prefeitura parece um prédio abandonado;

Finanças - Fornecedores reclamam a falta de pagamento, inclusive fazendo cobranças nos meios de comunicação, outros lamentam o abandono do prefeito, o esquecimento de compromissos assumidos e não cumpridos;

Gestão – O prefeito parece ter mudado o gabinete para a cidade vizinha, onde atende nos escritórios de suas empresas privadas; secretários não tomam nenhuma decisão, por absoluta falta de autonomia; acredite se quiser, mas rumores, com ares de profecias, circulam pela cidade dando conta de que mudanças serão efetivadas, que “agora o prefeito vai trabalhar”.

Como não parece razoável que se deva torcer para o insucesso de quem quer que seja, muito menos para a derrocada completa da administração municipal, que já atinge a todos os cidadãos indistintamente e poderá se tornar pior ainda, só resta aguardar que as profecias possam se concretizar.

Enquanto isso, diante das promessas e profecias, continua em pleno vigor aquela velha pergunta de um importante comunicador da cidade: “SERÁ?”








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