Buscando levar à comunidade itabelense informações acerca do perfil de cada um dos cidadãos e cidadãs que têm sido citados como possíveis candidatos ao cargo de Prefeito Municipal de Itabela, para que possa conhecer melhor essas pessoas, começar a estabelecer parâmetros para julgamento dentro daquilo que almeja para o futuro ocupante do mais alto cargo do município e contribuir para que seja adotada uma postura mais cidadã, o Portal de Notícias Clic 101 estará publicando o perfil de cada um deles.
Para tanto, nossa equipe dirigiu convite aos nove nomes mais citados pela comunidade: Joecélia Coutinho Quadros, José Alencar Arrabal, José Francisco Azevedo Junior, Leonir Sossai, Luciano Francisqueto, Lúcio de Oliveira França, Osvaldo Gomes Caribé, Paulo Ernesto Pessanha da Silva e Wesley Vieira de Barros.
A publicação acontecerá sempre na edição do CLIC 101 na quarta-feira de cada semana, na medida em que os convidadosrespondam aos questionamentos da nossa equipe, e nesse primeiro momento, o formato adotado, de conteúdo e espaço igualitário para todos, tem como objetivo a apresentação sucinta de informações pessoais, profissionais, sociais e políticas, não sendo ainda tratada plataforma de governo nem aprofundamento sobre planos e projetos.
Damos início ao quadro com apresentação do perfil de Paulo Ernesto Pessanha da Silva, atual prefeito de Itabela, também conhecido pelo nome político de Júnior Dapé.
PERFIL – PAULO ERNESTO PESSANHA DA SILVA (JÚNIOR DAPÉ)
Hoje 39 anos de idade, natural da cidade de Campos, Rio de Janeiro, veio para a Bahia há cerca de 25 anos atrás.
Torcedor do Flamengo, solteiro, tem um filho também chamado Paulo Ernesto que reside na capital, Salvador.
Iniciou a vida política em 1998, e em 2002 veio residir em Itabela. Sobre a sua trajetória política, diz: “Em 2008 fui eleito deputado estadual e tive uma expressiva votação aqui na cidade, onde tive mais votos depois de Eunápolis, onde meu pai era prefeito... e a partir daí começamos a estar presente na vida pública política da cidade”.
Contextualizando por que veio para Itabela, relata Júnior Dapé: “Com a saída do ex-prefeito Ivo Manzoli a gente começou a aglutinar o ex-grupo de Ivo e dissidentes de outros grupos e começamos a fazer esse trabalho político, é um trabalho que ocorreu naturalmente. A princípio, era só prá fortalecer um grupo, para se ter um candidato de oposição, e aí acabou acontecendo das pessoas que participavam desse grupo achar por bem que eu fosse o candidato. Fomos e ganhamos a eleição em 2004, fizemos o primeiro mandato, fui candidato à reeleição, perdi por oito votos, diga-se de passagem, e agora ganhamos novamente e estamos aí no cargo de prefeito”.
Instado sobre sua maior qualidade, diz: “Sou muito persistente, muito obstinado, quando a gente decide fazer alguma coisa a gente não tem hora, não tem dia, não tem momento, eu sou muito de acontecer, medir e fazer, sem preocupar com os obstáculos. Acho que isso é uma grande qualidade que eu tenho”.
E quem fala de qualidades, fala também de defeitos: “Geralmente os defeitos da gente sobressaem mais que as qualidades. As pessoas vêm mais, falam mais, isso em todos os aspectos, se você tem um comércio, se falta uma coisinha as pessoas falam mais que a boa qualidade no atendimento que teve. Mas eu gostaria de ouvir mais, de ser mais descentralizador, então acho que eu devia delegar mais poderes. Eu gosto de estar acompanhando tudo, e a gente não consegue fazer tudo sozinho. Então eu acho que esse é o defeito”.
Perguntado sobre uma palavra ou frase que o defina, diz Paulo Ernesto: “Acho que eu sou um sobrevivente. As pessoas acham ou têm uma imagem de que eu nasci num berço rico, de família rica. Não, eu nasci numa cidade do interior do Rio de Janeiro, trabalhei de engraxate, de embalador de supermercado, arrumador de supermercado, vendedor no comércio, isso com 13, 14 anos de idade, tinha uma família muito pobre, meus pais se separaram, minha mãe teve que assumir a casa, e eu com 12, 13 anos tive que ser tipo o homem da família. Com pouca educação, consegui estudar, fazer faculdade. Então eu acho que consegui vencer, sobreviver numa selva de pedras no Rio da Janeiro durante essa fase tão difícil para a pessoa que é a adolescência, ainda mais sem a presença do pai, tudo só com a mãe do lado. Consegui chegar através de muitas dificuldades, mas chegamos, aqui estamos. Acho que tem muitos outros degraus para subir, a gente sempre quer mais, mas eu já me considero um vencedor”.
Como formação educacional, disse ter feito Faculdade de Direito na UESC em Ilhéus. Empresário, possui vários empreendimentos em setores diversos, como posto de combustível, concessionária de pneus, supermercado, afirmando: “Tudo em meu nome, tudo bonitinho, há muito tempo que eu os tenho, trabalhando muito para crescer, para desenvolver, estou indo muito bem”, diz.
Professando a religião católica desde o nascimento, “sem demérito para nenhuma outra denominação, frequento todas as Igrejas, não só por ser político, mas por uma questão pessoal de ajudar, às vezes não gosto nem de aparecer,” e cita um fato atual em que diz ter feito doação que ´não foi pequena´ para a campanha do Pedrinho. “Fui no banco, fiz minha doação, e pronto”, afirma.
Numa manifestação bastante pessoal, relata que “Se há uma coisa que eu não gosto de fazer é ir em velório. Eu acho um despropósito uma pessoa, político, ir para um velório prá ficar lá apertando a mão de um... ficar fazendo política num local onde tem uma família sentindo dor e consternada”.
Sobre entidades das quais participa socialmente, se refere somente ao Lions Club.
Na área política, está filiado ao Partido da República (PR), foi eleito deputado estadual com 23 anos de idade, depois chegou à prefeitura de Itabela, de 2004 a 2008. Postulando a reeleição, foi derrotado por oito votos, ficando quatro anos fora do poder. Voltou a concorrer ao cargo de prefeito na eleição de 2012, estando no exercício do mandato de quatro anos, 2013 a 2016. De 1996 a 1998, foi chefe de gabinete da prefeitura de Eunápolis.
Como todo político, tem também as suas pretensões. “Por estar exercendo o cargo de prefeito, e se não houver mudanças na Lei Eleitoral, porque ainda existe uma discussão no Congresso Nacional, se vai continuar reeleição ou não, então é possível que acabe com a reeleição, que eu não possa mais ser candidato à reeleição. Mas é possível que possa. Então eu acho que sou um candidato natural para a reeleição. Quem está no poder, quem está exercendo o cargo, é um candidato natural à reeleição”.
Em frases gerais pinçadas do seu depoimento, Júnior Dapé manifesta opiniões de caráter geral na área política. “Mas de verdade, eu tenho um grupo político que dentro desse grupo existem outros nomes que estão aí aparecendo, que estão se despontando, e que eu até faço com que esses nomes apareçam. Nós temos aí dois, três nomes que eu não gostaria de citar porque pode ter mais alguém que a gente ainda não percebeu e que pode ficar chateado. Dentro do meu grupo vai ter um candidato. Eu não sou candidato nato. Não sou candidato de mim mesmo. Nós estamos vendo aí outros candidatos na cidade, todo mundo está se articulando. Dentro do meu grupo existem outros nomes e talvez um deles seja o candidato. Já dei minha contribuição para o município e a gente tem que saber o momento de parar, não sei ainda se é esse momento agora, é possível que seja, é possível que não... abertamente, sem rodeio, sem conversa de político, é a conversa que eu tenho tido com meus amigos, com as pessoas do meu grupo. Vamos avaliar, talvez seja melhor que o candidato seja um vereador, talvez a vice-prefeita, talvez um secretário, essa possibilidade existe, nós temos um ano e meio ainda para tomar decisão... Quero dizer que posso ser candidato, não há nada que me impeça, nem juridicamente...”, finalizou Paulo Ernesto Pessanha da Silva, o Júnior Dapé.