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PERFIL – Osvaldo Gomes Caribé (Caribé)


Por: Clic101
Publicado em 10/06/2015 05:28

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PERFIL – Osvaldo Gomes Caribé (Caribé)
 

Natural da cidade de Ibirataia/BA e torcedor do Flamengo, hoje aos 63 anos de idade, Osvaldo Gomes Caribé tem uma família solidamente constituída, com a esposa Sueli Caribé, as filhas Viviane, Vanessa e Tatiane, e os netos.

Se dizendo ser um “cabra de sorte, graças a Deus”, aos 16 anos foi para São Paulo, onde serviu e trabalhou no Exército, no Círculo Militar do Ibirapuera, com pessoas de formação e exigentes, retornando para Salvador para jogar no Esporte Clube Bahia, mas não deu certo e acabou indo trabalhar na Telebahia e estudar, tendo concluído o curso de Contabilidade na Fundação Visconde de Cairú, tendo posteriormente ido trabalhar na Petrobrás, Refinaria Landulfo Alves, como assistente administrativo da SERTEP - Serviços Técnicos de Engenharia e Petróleo, como gerente do setor administrativo da empresa, mas alimentando o sonho de se tornar agricultor.

Em 1974 a família comprou uma propriedade rural nas proximidades do povoado de São João do Monte (Montinho), onde ao vir pela primeira vez, gostou, até porque nasceu numa região de cacau, “deu uma febre na cabeça”, chamou a esposa Sueli e disse: “vamos embora? Ela não quis vir e eu falei... nós vamos”.

Em julho de 1979, depois de ter feito acordo com a empresa, veio com a esposa Sueli e a filha Viviane. “Morávamos em Montinho, sem energia, sem nada, ficamos e estamos aqui até hoje, com muito prazer, muita honra, trabalhando na propriedade que ainda tenho. Sueli, nascida em Salvador, com curso médio concluído, veio fazer o curso de magistério em Itamaraju”.

Agricultor, produz cacau, “pouca coisa, mas dá para viver”, e por obra do destino “fui me envolvendo na política e toquei o barco prá frente”.

Qualidade - “Graças a Deus minha maior virtude é a humildade, pelo fato de não aceitar racismo, desigualdade, fico estressado às vezes quando ouço alguém dizer ´tem que ter uma taxa disso, uma taxa para aquela qualidade de gente`; eu acho que não tem taxa, gente é gente, todos são iguais; então eu acho que a qualidade que eu olho primeiro é a humildade da pessoa, mas não é do falar não, é das atitudes, dos atos, das ações, o meio que ele vive... prá gente saber distinguir quem de fato está se sentindo bem, em que ambiente; aí a gente sabe se a pessoa está forçando uma humildade ou é da sua própria natureza. Traduzindo, tem que ter respeito, tem que gostar de tudo e de todos, aceitar da forma que as coisas são”.

Defeito - “Ver a desigualdade e não conseguir ficar calado. Não consigo ver uma coisa desigual, que pode ser equiparada, não poder fazer nada e ficar calado. Às vezes me envolver até em coisas que não me compete, mas me dá uma agonia e acabo me envolvendo”.

Atividades - “Quando vim para aqui me envolvi de cabeça e alma na lavoura cacaueira. Dentro das minhas possibilidades, cheguei a ganhar um prêmio da Ceplac como maior cacauicultor da Bahia em termos proporcionais por hectare. Daí, me envolvi na política, troquei de profissão”.

Política – Caribé foi vereador em 1988 em Porto Seguro, secretário da Câmara, relator geral da constituição municipal, ajudou emancipar Itabela, e em seguida foi presidente da Câmara de Porto Seguro. Nos 500 anos do Brasil foi eleito pela comunidade de Porto Seguro como o melhor presidente dos seus 500 anos. Foi vice-prefeito de Ismael Francisqueto e de Dino Pereira em Itabela. Sua esposa Sueli Caribé foi vereadora duas vezes, secretária de educação, secretária de assistência social.

Filiado ao PMDB, “toda a vida”, como diz, foi também secretário de esportes na gestão de Ismael Francisqueto, levando Itabela ao 3º lugar no Campeonato Intermunicipal da Bahia, a melhor colocação que Itabela conseguiu alcançar.

Eleito prefeito de Itabela, dirigiu o município de 2009 a 2012, tendo postulado a reeleição, mas não obteve sucesso. “No momento, minha única atividade é a agricultura e minha esposa Sueli é professora”.

Católico, Apostólico, Romano, atuante, não participa de nenhuma entidade esportiva ou social.

Pretenções - Quando questionado sobre pretenções de candidatura a prefeito, diz Caribé: “Pretendo. Eu não sei se quando a gente fala e quando as pessoas ouvem, ou quando lêm, que tipo de interpretação as pessoas fazem; normalmente as pessoas ouvem, mas só ouve aquilo que ela quer ouvir, ou vê só aquilo que ela quer ver. Eu acredito que para minha candidatura se consolidar, em primeiro lugar tem que haver uma responsabilidade por parte de todos, mas a responsabilidade no meu entender, na minha ótica, na minha ideologia política, não cabe só às lideranças políticas. As pessoas dizem que quem comanda é a liderança política. Certo. Mas quando chega a época de deputado, governador, presidente da República, às vezes uma grande parte segue aquilo que é do seu interesse particular, deixa de atender as lideranças políticas, de seguir as lideranças políticas. Quando chega o momento de eleições, que todo mundo reclama que nunca está bom, quando se lança candidaturas, cada um procura a sardinha prá sua lata. Está certo isso? Está certo. Então se está certo, a gente não deveria reclamar do que temos, do que elegemos. Isso é questão de ideologia política, no meu entender. Caribé é candidato a prefeito? Sim, mas prá isso precisa muitos critérios: os apoios, os acordos, o entendimento entre as outras lideranças, os outros pretensos candidatos a prefeito. Então para ser candidato não basta a vontade... o nome de Caribé também vai estar à disposição. Se as pessoas entenderem que o que Caribé fez como vice-prefeito duas vezes, como prefeito, se as pessoas entenderem que a esposa de Caribé também soma alguma coisa e as pessoas quiserem que Caribé volte, Caribé está à disposição. Se as pessoas não entenderem, Caribé também vai estar à disposição para ajudar quem as pessoas escolherem para que seja o candidato mais apropriado para o momento. Mas eu pretendo sim, e sou pré-candidato a prefeito”.

Motivação pessoal – “Tudo na vida da gente tem um pessoal, um particular. Quando a gente faz uma coisa com carinho, você tem a sua profissão, você faz com carinho, e de repente você vê uma outra pessoa fazendo o mesmo trabalho, e que você entende que aquela pessoa está ferindo aquilo que você ideologicamente faz bem, que é jornalismo, por exemplo... o que é que você faz? Você quer o melhor prá sua área prá você se destacar. Pelo que eu fiz pelo município, eu recebi do Congresso Nacional, especificamente das mãos do senador Sarney um prêmio como um dos dez melhores prefeitos do Brasil, e ali tem pontuações por que... por isso... por aquilo... Aí você perde a eleição e fica assim... não entendi nada, as pessoas dizem que Caribé foi um dos melhores prefeitos, mas não votaram”.

E continua seu relato: “Aí elege um companheiro, um rapaz, que eu não tenho nada com isso, dizem que ele... tal, aí a gente diz que não é mais candidato, depois vê a cidade sofrendo, não é porque a cidade que sofre, você também sofre, eu também estou sofrendo, estou vendo meus companheiros, meus amigos, meus munícipes sofrendo, e sofrendo com coisas básicas... se fossem coisas extraterrestres que não pudesse resolver, você poderia dizer: poxa, isso aí também não dá prá resolver. Mas o beabá da política não está sendo feito”.

“Uma certa época o deputado Ronaldo Carleto (que nós somos amigos independente de política, nunca o acompanhei mas não tenho nada contra ele) me perguntou se eu ganhasse algum dia a eleição, que tipo de governo eu faria. Quando eu ia responder ele disse: não responda não, eu sei que você vai fazer o feijão com arroz. E eu falei: se eu tiver dois mandatos, o primeiro será realmente o feijão com arroz porque é no momento o que Itabela precisa, uma boa educação, que é o básico na vida de qualquer cidadão, não é nem saúde, porque prá você ir visitar um médico, aquele médico passou pela educação; prá você ler a bula de um remédio, interpretar, ficar sabendo que tipo de remédio você está tomando prá curar aquele mal que está lhe causando, você primeiro precisa saber ler, interpretar... prá mim, a primeira coisa é a educação. Por isso que fiz o que fiz na educação: aperfeiçoamento, salário justo, todos os cursos solicitados foram feitos, aquisição de livros, manutenção, merenda escolar”.

Relatando sobre outras áreas durante sua gestão como prefeito, Caribé diz: “A saúde, com tratamentos fora do domicílio, segurança... se prefeito ficar esperando só pelo Estado, não faz nada, ele tem que dar a participação dele, afinal de contas ele também é um cidadão itabelense. Eu não tinha segurança, minha segurança era eu mesmo e os amigos, as estradas vicinais estão uma porcaria... é o beabá da política, é o esporte, é a cultura. Toda Semana Santa nós tínhamos a Ceia de Cristo, levar o amor para as famílias; o 7 de Setembro, a Banda Marcial, para que as pessoas sintam a paixão pela sua terra, pela sua pátria, são coisas básicas que você gasta muito pouco, se gasta muito mais tempo, boa vontade e bem-querer, do que propriamente dinheiro. A gente fazia porque as pessoas se emocionam, trabalham até como voluntárias, mas é preciso gostar da cidade, precisa ter um filho aqui, precisa ter uma esposa aqui, precisa ter uma propriedade aqui, precisa ter uma religião definida, um grupo de pessoas que gosta de orar, de Deus, você pegar sua esposa, seus filhos e ir para o meio da rua, sem medo de ser assaltado, porque assim você está convidando as outras pessoas a também virem fazer parte dessa caminhada”.

Retorno e requisitos  – “Eu acho que o mais importante não é o desejo de voltar, pode ser uma ou outra pessoa de responsabilidade, nós temos muitos aqui em Itabela, não é apenas quer porque é a minha vez, porque eu sou simpático, porque eu sou carismático, porque eu tenho dinheiro,... não é isso. Que tipo de responsabilidade, qual é sua ideologia política, qual é seu partido político, qual é o grupo político que lhe apoia... lhe apoia, não é só prá você ganhar a eleição não. Eu posso dizer que Geddel e Lúcio Vieira Lima me deram todas as obras que eu trouxe para Itabela, ainda tive o apoio do falecido Zezeu Ribeiro que nos deu uma patrol, uma das três viaturas, ajudou com a água de Monte Pascoal.

Eu não sou escuro da humildade, eu acho que a gente tem que aplaudir quem ajuda e respeitar quem não ajuda, quem não ajudou, fazer o que? Então, é uma das coisas que me faz querer voltar, sair candidato e ganhar as eleições, porque eu gosto da cidade que moro”.

Prestígio político – “Vou dar um exemplo do que é gostar de alguma coisa. Eu era presidente da Câmara de Porto Seguro... morava em Itamaraju, meu título era de Itabela, que já era cidade. Para exercer a função de presidente em Porto Seguro eu tive que sair de Itamaraju, passar por Itabela, por Eunápolis, prá chegar em Porto Seguro. Como o prestígio político cresceu, foi convidado para vice-prefeito de Porto Seguro com João Carlos, de Itamaraju com Orlandino e de Itabela com Ismael. Os três ganharam, então era meu destino ganhar em algum desses municípios. Se fosse por vaidade, teria saído candidato em Porto Seguro, ou em Itamaraju onde tinha casa, morava”.

“Humildemente eu digo que gostar e amar é isso, você definir o que você quer. Eu gosto da minha terra e às vezes fico até chateado quando eu vejo... prefiro até nem vir aqui para não sofrer mais do que a gente está sofrendo com a desigualdade, com a aberração que a gente vê em nosso município inteiro”.



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