O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi tornado réu pela Justiça Federal em processo de improbidade administrativa no qual é acusado de receber propina da empreiteira Mendes Júnior, para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a construtora.
Segundo o Ministério Público Federal, a construtora teria feito pagamentos de despesas de Renan no seu mandato anterior como presidente do Senado (2005-2007), relativas a um “relacionamento extraconjugal”. Na época, Renan renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação do mandato após ter sido alvo de uma série de acusações.
No processo, Renan é acusado de enriquecimento ilícito, teria forjado documentos para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas pessoais e teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.
O processo corre em segredo de justiça, o que impossibilita a liberação de mais detalhes e a defesa de Renan deve recorrer da decisão e apresentar contestação dos fatos da ação.
Se condenado por improbidade, Renan Calheiros pode perder o cargo público e ainda ser obrigado a ressarcir a União pelo dano causado.
O presidente do Senado ainda é alvo de outros três inquéritos abertos no STF em março pelo ministro Teori Zavascki. Ele é investigado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.