Reprovação – Em junho, 65% dos entrevistados disseram ao Datafolha considerar o governo Dilma Rousseff ruim ou péssimo. Agora, o índice cresceu para 71% de reprovação ao governo, situação pior que as taxas registradas por Fernando Collor às vésperas de sofrer o processo de impeachment.
Já o índice de aprovação caiu de 10% para 8%, mas dentro da margem de erro da pesquisa (2%).
Ainda de acordo com o Datafolha, o cenário que apontava em junho 63% de pessoas favoráveis ao pedido de impeachment, agora cresceu, chegando a 66%.
Os números registrados apontam que Dilma passa a ser recordista em reprovação nas pesquisas, à frente do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, que às vésperas do seu impeachment, em setembro de 1992, teve 9% de aprovação, sendo reprovado por 68%.
Derrota dura no Congresso – Pauta bomba lança mais um míssil na direção do governo com a aprovação em primeiro turno pela Câmara na madrugada desta quarta-feira (5) da proposta que reajusta os salários de várias carreiras do serviço público.
Reuniões com líderes, encontros, apelos, pedidos, súplicas, elogios à oposição e outros tipos de argumento, nada disso adiantou, e a proposta aprovada pode aumentar os gastos do governo em quase R$ 2,5 bilhões. Até o PT votou a favor do aumento de salário para servidores da Advocacia-Geral da União e delegados de polícia.
Rebelião da base aliada – Mais notícias ruíns rondam o Palácio do Planalto, com as declarações de independência do PDT e do PTB, não fazendo mais parte da base aliada do governo.
Numa tentativa de sensibilizar a oposição, o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, disse que reconhece a importância que ela teve, especialmente, na estabilidade econômica do país. “Esse passado, esse programa, essa história, não pode se transformar agora nesse debate de simplesmente de confrontação, de intransigência, de radicalização”, disse.
O senador Aécio Neves, declarou: “Obviamente se o governo não consegue reunir, pelo menos, a sua base para dar sustentação aos seus projetos, obviamente, não tem autoridade de cobrar da oposição solidariedade que ele não consegue entre os seus, entre os que o apoiaram”, afirmou.
O senador Renan Calheiros, presidente do Senado, também, reagiu: “O Congresso não pode continuar sendo responsabilizado todos os dias por estar administrando ou não pauta-bomba. É por isso que eu disse que aqui no Senado não vai ter pauta-bomba”.