Atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF), e acusado pela força-tarefa da Operação Lava Jato de ocultar dinheiro desviado da Petrobras por meio de contribuições e doações de campanha, o PT teve quebrado o sigilo telefônico da sua sede nacional em São Paulo, decretado pelo Juiz Federal Sergio Moro. A medida atinge também outros numerous que seriam usados pelo ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, preso em Curitiba, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro usando uma gráfica ligada ao PT.
A quebra do sigilo telefônico se refere ao periodo de 22 de julho de 2010 a 31 de dezembro de 2014, em que ocorreram três campanhas políticas, e atinge as linhas telefônicas (11) 3188-5218; (11) 99325-9751; (11) 3243-1356; (11) 5589-7500; (11) 99299-1683; (11) 3243-1313; e (11) 97618-1208.
“A medida pretendida é adequada e necessária para possibilitar a identificação dos registros das chamadas originadas e recebidas pelos terminais-alvos da investigação e seus respectivos interlocutores, bem como a localização geográfica em que se encontravam os alvos no momento das comunicações de interesse da investigação criminal, por meio de antenas que captaram o sinal”, diz o MPF.
As investigações da Lava Jato apontaram que propina do esquema da Petrobrás teria sido canalizado par a Editora Gráfica Atitude por meio de repasses de um dos delatores da operação, o executivo Augusto Ribeiro Mendonça, do grupo Setal. Ele revelou que o ex-tesoureiro lhe pediu R$ 2 milhões para o partido e sugeriu que o depósito fosse feito em favor da gráfica, para onde teria repassado parte do valor pedido.