A suposta delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) está sendo tratada como ´vingança`pelo recém-empossado ministro-chefe da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, e recebida com ´indignação` pela presidente Dilma Rousseff.
A matéria publicada pela revista Isto É, que antecipou a veiculação de sábado para esta quinta-feira (3), parece ter caído como uma bomba no Palácio do Planalto.
Ex-líder do governo, antes tido como um senador competente que mostrava lealdade, com relação muito próxima, Delcídio do Amaral foi o centro da coletiva de imprensa com o ministro Cardozo. “Parece que ele quer dividir o ônus do que ele fez com outras pessoas. ‘Eu fiz, mas quem mandou eu fazer foi o Lula’. [...] Ele tentou retaliar o governo porque não foi libertado. O governo não pode interferir, não deve e não fará”, disse o chefe da AGU.
Cardozo lamentou que uma pessoa com quem mantinha “uma relação próxima” tenha se envolvido nos escândalos. “Às vezes, a gente passa a vida inteira sem conhecer as pessoas. Delcídio passou oito meses como o líder do governo, era um senador competente, mostrava lealdade às indicações do governo. Pra mim, foi uma decepção”, lamentou.