Cerca de 516 pessoas entre políticos de diversos partidos, empresários e agentes públicos estiveram envolvidas com a empreiteira Odebrecht, segundo documentos apreendidos pela Operação Lava Jato, situação que ocorre desde o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990).
Em documentação apreendida de posse da funcionária da empreiteira que delatou o esquema, Maria Lúcia Tavares, aparece o chamado “Livro de Códigos”, onde consta o deputado federal baiano Antonio Imbassahy (PSDB), apelidado de “Almofadinha”, que estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, nos anos 80, época em que era filiado ao PFL e presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu), órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo. De acordo com o Bahia Notícias, o deputado baiano disse que a menção ao nome dele em um suposto esquema com a Odebrecht não passava de "um despropósito". "Como homem público sempre tive uma relação baseada na decência com a Odebrecht e com qualquer empresa", declarou Imbassahy.
A lista aponta ainda o tucano Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, o "Arvir". Do PMDB, aparecem Jader Barbalho, o "Whisky", atual senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, também senador Edison Lobão, o "Sonlo".
Ainda segundo o Bahia Notícias, também são citados os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando (PT) e José Filho (PV), que aparecem com os codinomes "Filhão" e "Filhote". Roseana Sarney (PMDB), com o seu nome de casada, "Roseana Murad", aparece como "Princesa". Todos eles negaram ou não responderam se tiveram relação promíscua com a construtora, conclui a publicação.
