A Comissão de Ética Pública da Presidência determinou nesta segunda-feira (28) a abertura de dois processos para investigar a conduta do ministro da educação, Aloizio Mercadante, e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
O processo contra Mercadante foi aberto a pedido da bancada do PSDB no Senado, após o ministro ser citado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). O site da revista Veja revelou há duas semanas que Mercadante ofereceu ao senador ajudas financeira e política, além de influência no Judiciário, em troca de seu silêncio. José Eduardo Marzagão, um assessor do senador, gravou as conversas com o ministro.
Já a denúncia contra Cardozo partiu da sessão do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). A entidade, que chega a pedir a demissão do advogado-geral da União, diz que ele confunde a missão de defender o Estado com atuação partidária, ao assumir "uma defesa verborrágica e claramente política da presidente da República".
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"Em ambos os casos, a comissão proporcionará aos denunciados o pleno exercício de sua ampla defesa, assim como diligenciará a reunião dos elementos necessários ao exame decisório dos pedidos formulados", diz a nota assinada pelo presidente do colegiado, Mauro de Azevedo Menezes.