"É mais uma 'Operação Tabajara'. Se não fosse um ato circense, seria realmente um ato criminoso, de tentativa de fraude", afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, sobre a tentativa do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O ministro também teceu críticas ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, por ter articulado com Maranhão o encaminhamento de pedido ao Senado para devolução do processo à Câmara. "A gente fica com vergonha do nível jurídico, inclusive do advogado-geral da União", disse o ministro.
Ato de Maranhão pode ser derrubado pelo plenário da Câmara
Uma sessão extraordinária da Câmara pode ser convocada para esta terça-feira (10) por lideranças partidárias com o objetivo de derrubar a decisão do presidente interino Waldir Maranhão.
Para isso, contam com partidos de oposição e com o chamado “centrão” (formado por PP, PR, PTB, PSD, PRB e os nanicos), que juntos constituem maioria, enquanto para a derrubada do ato é necessária maioria simples dos presentes.