Através do ofício 071/2016 (Ver anexo) de 11 de maio de 2016, o prefeito de Itabela convidou os vereadores para participarem de uma reunião que ele teria agendado com o governador Rui Costa na última quinta-feira (12) durante sua visita à cidade de Eunápolis, tendo indicado local e horário para o encontro.
Entretanto, o que estaria por trás deste ardiloso convite seria um álibi para “empurrar com a barriga” por pelo menos mais uma semana a votação do processo que tramita na Câmara Municipal, para aprovação do qual ainda não teria conseguido definitivamente os oito votos necessários para reverter o quadro que lhe é desfavorável.
Nesta sexta-feira 13, nas calçadas do prédio da Câmara e na esquina do Restaurante Divina Gula, onde se concentram observadores atentos do que ocorre nos bastidores da política e da administração municipal, os comentários eram fortes dando conta de que pelo menos um vereador dado como voto certo teria voltado atrás e desistido do acordão para votar favoravelmente à aprovação, certamente também para não assinar a sua “sentença” junto aos eleitores e rasgar definitivamente a cartilha na qual escreveu promessas, compromissos e juras, as quais jamais cumpriu.
Reunião
Durante a estada do governador em Eunápolis, como de fato não houve nenhuma reunião, o presidente da Câmara, com assinatura de alguns vereadores (Ver aqui) fez chegar até o Chefe do Executivo baiano, Rui Costa, em meio ao tumulto, o ofício 047/16 em que relata situações e solicita providências na área da segurança pública.
Recepção
Parece que para o prefeito de Itabela, o deputado federal Ronaldo Carletto já não passa de um outrora aliado e protetor. Depois de ter proporcionado ao prefeito vôos e descidas de helicóptero em grande estilo com retorno triunfante à prefeitura e até fantasiado de Papai Noel, de dar amparo às dezenas de processos do prefeito na Justiça, desta vez pelo menos sequer mereceu ser recebido no heliporto improvisado do Estádio Araujão juntamente com o governador baiano. E no palanque, se manteve sempre distante das autoridades presentes, como um estranho no ninho.