Com o pedido de registro da sua Rede Sustentabilidade rejeitado pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral, a ex-senadora esteve reunida com seus aliados e deve definir nesta sexta-feira (04/10) o seu futuro político, e afirma que manterá coerência ao anunciar a sua decisão.
Sem a Rede, se quiser concorrer à presidência em 2014, Marina precisa se filiar de imediato a outra legenda, embora tenha sido aconselhada por familiares e pelos principais articuladores da Rede a ficar fora da disputa presidencial, ainda que tenha recebido convites de outros sete partidos nos últimos dias.
Desistência de candidatura poderá fortalecer Dilma
Levantamento do Ibope mostra que a presidente Dilma Rousseff é, atualmente, a candidata ao Planalto no ano que vem com maiores chances de conquistar potenciais eleitores de Marina Silva, na hipótese de a ex-senadora não concorrer à Presidência da República.
Os eleitores potenciais de Marina são 43% dos brasileiros. Desse contingente, 59% disseram na pesquisa que também poderiam, votar em Dilma ou que “com certeza” votariam nela. No caso do tucano Aécio Neves, o índice foi de 52%. Eduardo Campos (PSB) apareceu com 40%. A soma dos índices supera 100% porque eleitores citaram mais de um nome como segunda ou terceira opção.
A vantagem de Dilma é maior se considerados apenas os simpatizantes de Marina que se declararam dispostos a votar “com certeza” na atual presidente. Nesse caso, Dilma aparece com 28%, quase o triplo do índice “com certeza” obtido por Aécio (10%).
Se abocanhar uma parcela maior do eleitorado que hoje simpatiza com Marina, a atual presidente reforça suas probabilidades de uma vitória no primeiro turno – atualmente, ela aparece com mais votos do que a soma dos adversários, condição necessária para encerrar a disputa sem uma segunda rodada.