Fechadas as urnas neste domingo (2), o resultado parece não ter feito bem para alguns candidatos tidos como famosos, que apostaram todas as fichas acreditando apenas no sucesso fora do mundo político e se deram mal;
outros que se achavam acima e fora do alcance do julgamento popular, porque se achavam ao lado de alguém que pudesse lhes transferir carisma e votos, e a esperança se frustrou;
aqueles que esqueceram os objetivos do mandato legislativo e se envolveram em outros caminhos, como se fossem administradores municipais, e maus administradores, diga-se de passagem, e amargaram a derrota;
alguns que apostando nas carências do povo, se inspiraram erroneamente na Oração de São Francisco, enveredaram pelos caminhos do “é dando que se recebe”, e gastaram seus ´caiambás` à toa;
também aqueles que se colocaram no alto do pódio durante o exercício do mandato, sequer olharam para baixo onde estava o povo e as instituições, bradavam nas Tribunas das Câmaras perante uma platéia de meia dúzia de pessoas que por acaso ali estava sentada, talvez descansando, ou levadas por algum interesse fortuito, mas não pelo interesse despertado pela atuação do edil, e ficaram a ver navios;
e por fim, candidatos que entraram na política porque o trabalho no mundo cá fora está a exigir estudo, conhecimento, qualificação, seriedade, competência, compromisso, e alguns outros predicados que as entranhas políticas não exigem ou deixam a desejar, e terão agora que enfrentar as agruras da disputa por uma vaga entre os 12 milhões de desempregados, conviver com os rigores da economia e outras dificuldades para manter a casa e honrar as contas.
