A Psicologia Escolar e Educacional tem se constituído historicamente como importante campo de atuação da Psicologia. Na atualidade, a Psicologia escolar atua prioritariamente nas escolas, creches e instituições de ensino em geral. Segundo a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE, 2017), psicólogos escolares e educacionais são profissionais que atuam em instituições escolares e educativas e tem como referência conhecimentos científicos sobre desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender e aperfeiçoar os processos e estilos de aprendizagem de cada aluno.
Quanto à Psicologia Escolar, é preciso fazer uma diferenciação. A Psicologia Educacional é mais voltada para pesquisa teórica, e a Psicologia Escolar coloca-se como uma vertente aplicada desse conhecimento, sendo utilizada diretamente nos espaços de escolarização em conjunto com a Psicopedagogia. Elas se apresentam com concepções diferentes, porém o foco são os processos que mobilizam o contexto educacional a partir de aspectos psicológicos.
A participação do psicólogo na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-la com conhecimentos e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base, como a distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo com as fases de desenvolvimento humano), apoio ao professor no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula e outras questões relevantes no dia-a-dia da sala de aula, nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante. A atuação do psicólogo no contexto escolar e em suas construções teóricas tem, na atualidade, a consciência de que o processo educacional é determinado por todos os fatores que constroem o indivíduo. Compreendendo assim que a efetivação educacional não depende apenas de uma dimensão, mas do envolvimento de todos, sendo a pessoa em sua particularidade e potencialidades com a família, a escola e outros fatores determinantes como os aspectos sócio, histórico e cultural.
Sendo assim, fica o desafio ao psicólogo de superar a visão técnico/clínica, passando a atuar politicamente, ou seja, “atuar e refletir politicamente com os indivíduos para conscientizar-se junto com eles das reais dificuldades da sua sociedade” (FREIRE,1979, p. 112).
Autoras:
Dynna Santos – Psicóloga, especialista em Neuropsicologia (CRP 03/10785);
Nathaly Pereira Simoes – Psicóloga, Especialista em avaliação psicológica (CRP 03/9045);
Rafaela Coelho Iukelzon – Psicóloga (CRP 03/11279);
Samara Zavarize de Lima – Psicóloga, especialista em Psicologia hospitalar e da saúde (CRP 03/9444).