A forma como o consórcio das policlínicas foi construído foi motivo de discordância pelo médico e prefeito de Itamaraju, Marcelo Angênica.
Pelo consórcio, a policlínica será gerida com 40% de recursos estaduais e 60% divididos entre os municípios que compõem o grupo.
Segundo Marcelo, “esse é um grande instrumento que vem agregar e muito à região do extremo sul. Em Itamaraju, em dois meses, trouxemos 17 médicos, sendo sete especialistas, dois ortopedistas, cirurgião, anestesista, tudo isso para morar na cidade. Na forma como o consórcio foi construído, de uma forma muito engessada, eu discordo um pouco".
Sugestões
"Eu acho que o município tem que utilizar no consórcio aquilo que ele precisa, não aquilo que lhe é ofertado. Eu até brinco para comparar: quando você vai ao supermercado, você tem 10 mil itens sendo ofertados. Você não compra os 10 mil. Você escolhe aquilo que você precisa para completar sua dispensa. O consórcio ofertou aquele pacote fechado e tem coisa que a gente não precisa, porque a gente já tem lá no município. Nesse caso, a gente paga duas vezes pelo mesmo serviço", explicou o prefeito.
Voz vencida
O prefeito Marcelo Angênica defende flexibilidade na cota que cada município tem no consórcio de saúde. "Por exemplo, Itamaraju não tem ressonância magnética. Aqui, temos direito a 20 ou 30 ressonâncias por mês. Eu poderia aumentar o número de ressonâncias e diminuir naquilo que eu não preciso. Por mês, o prefeito tem x número de consultas com cada especialista, isso limita um pouco. Eu debati muito nas reuniões, fui voz vencida, mas não desisiti. É um pequeno defeito que pode ser corrigido", disse o médico prefeito.
