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CASOS ASSINTOMÁTICOS

Após polêmica, diretor da Organização Mundial de Saúde diz que transmissão de assintomáticos segue ocorrendo


Por: CliC101 | G1
Publicado em 09/06/2020 04:47

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Foto: Divulgação

Após revelar que a transmissão do coronavírus por pessoas assintomáticas é "rara", a Organização Mundial da Saúde esclareceu que isso não significa que a preocupação deve deixar de existir.

Nesta terça-feira (9), o diretor de emergências da entidade, Michael Ryan, disse que a "transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo, a questão é saber quanto". As informações são da coluna Bem Estar, do G1.

 

A frase sobre a transmissão ser rara foi dita nesta segunda-feira (8), pela chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, e foi usada pelo presidente Jair Bolsonaro como pretexto para acelerar a reabertura total do comércio (VEJA AQUI).

 

Nesta terça, Van Kerkhove tentou esclarecer o mal-entendido. "A maioria das transmissões que conhecemos ocorre por pessoas com sintomas que transmitem o vírus a outras pessoas por meio de gotículas infectadas. Mas há um subconjunto de pessoas que não desenvolvem sintomas. Acho que é um mal-entendido afirmar que uma transmissão assintomática globalmente é muito rara, sendo que eu estava me referindo a um subconjunto de estudos. Também me referi a alguns dados que ainda não foram publicados, e essas são as informações que recebemos de nossos Estados-Membros", explicou.

 

Quando fez a análise nesta segunda, van Kerkhove tomou como base países com grande capacidade de testagem e rastreio. A chefe de emergências também disse que, em alguns casos, descobre-se que pacientes tiveram sintomas leves da infecção quando é feita uma segunda análise dos supostos casos assintomáticos.

 

O diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Harvard, Ashish K. Jah, tentou esclarecer o pronunciamento por meio de seu Twitter. Ele revelou que apenas 20% dos infectados não desenvolvem nenhum sintoma, mas que mesmo assim são formas importantes para a transmissão da Covid-19.

 

"Muitos deles já espalham o vírus antes de desenvolver sintomas. Eles são, tecnicamente, pré-sintomáticos e não assintomáticos", ressaltou o pesquisador. 








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