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Covid-19 dispara na Bahia com aumento de 166% dos casos


Por: Clic101 | TRBN / G1
Publicado em 07/06/2022 06:15

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A Bahia teve um aumento de 166% em casos conhecidos de Covid-19 no mês de junho, em comparação com o mês de maio. Como consequência disso, a procura por testes disparou no estado e também na capital baiana.

 

O site g1 analisou dados referentes aos dias 2 de maio e junho, porque desde a última sexta-feira (3) o Ministério da Saúde não divulga os dados relacionados aos registros da Covid-19. Não há previsão de quando esse sistema será regularizado.

 

No último mês, foram 358 casos contabilizados só no dia 2, enquanto neste mês foram 953 registros na mesma data: um aumento de 595 casos.


Crescimento reflete em Salvador

O crescimento dos casos também acontece em Salvador. Mesmo sem os registros do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal (SMS) contabiliza mais de 900 casos ativos na capital, a partir de testes feitos pela prefeitura, como explica Décio Martins, gestor da pasta.

 

“Estamos atualmente com 923 casos ativos na nossa capital. Temos observado um leve aumento de casos, entre dois a três casos por dia. Eu quero destacar que nós estamos com 33 unidades de testagem de Covid-19, que são amplamente divulgadas em nossas redes oficiais diariamente. Então, a pessoa que queira se testar, pode realizar essa testagem de antígeno em nossas unidades".

 

O secretário destaca que, apesar do aumento, não há crescimento na demanda de internação, porque as pessoas não estão tendo quadros graves da doença.

 

"Felizmente há uma demanda baixa de internação neste momento, com necessidade de um a dois casos, sobretudo de clínica médica, por dia – o que demonstra que a vacina da Covid cumpre seu papel”. “Nós estamos com ocupação de 20% dos leitos de UTI, e 10% de clínica médica, então não estamos observando, neste momento, um agravamento dos casos. Obviamente que a Secretaria Municipal de Saúde toma todas as suas decisões com base em questões técnicas. Estamos acompanhando a evolução desses casos”, explicou Décio.

 

Além dos pontos fixos dos exames, a prefeitura também tem feito a testagem em escolas municipais de Salvador.

 

“Na semana passada, em uma das escolas, de 400 alunos nós tínhamos 40 positivados. Adotamos todos os protocolos, esses alunos foram afastados pelo período devido. De fato, nós estamos em um período de síndromes gripais, que acometem principalmente o público pediátrico. O Ministério da Saúde, inclusive, prorrogou a vacinação de Influenza até o dia 24 de junho, para os grupos prioritários".

 

Vendas nas farmácias e testagem nos laboratórios

O aumento dos casos são reflexo do aumento da testagem. Em uma única rede de farmácias, o volume de testes só na primeira semana deste mês foi de mais de 680%, em toda a Bahia, como explica a gerente farmacêutica, Ananda Franklim.

 

“O autoteste a gente começou realmente a comercializar no período entre fevereiro e março, e a gente ainda não tinha percebido um boom na procura. Quando a gente compara a primeira semana do mês de maio, com a primeira semana do mês de junho, a gente já percebe um aumento de 680%”.

 

“Quando a gente compara o mês passado, basicamente as pessoas iam procurar muito para viagem, que estavam precisando para viagens internacionais. Hoje a gente começa a perceber por sintomas mesmo, e alguns casos a gente pega positivo".
A capital baiana e Lauro de Freitas, que fica na Região Metropolitana de Salvador, são as principais cidades onde houve aumento nas vendas. Ananda detalhou ainda que a rede também faz os testes nas unidades, e que os resultados são entregues à Secretaria de Saúde do Município (SMS).

 

“A gente realiza o teste de Covid, o cliente chega e informa o motivo pelo qual ele está realizando o teste. A gente entrega o laudo, seja ele positivo ou negativo, para notificar também esse resultado. E, dando positivo, a gente encaminha ele para uma unidade de saúde”.

 

O diretor-médico de uma rede de laboratórios disse que a busca pela testagem cresceu entre 35 e 40% na primeira semana de junho, em comparação com os meses de março, abril e maio.

 

“Hoje nós temos, para cada 5, 6 pacientes testados, um paciente positivo. É um somatório de buscas pelas testagens, um aumento de circulação do vírus, então o paciente busca o teste para tomar todas as medidas. O que nós observamos em fevereiro, março, abril e maio, é que nós tínhamos uma positividade de 2% – a cada 100 pacientes testados, dois positivos –, e nós entramos em um mês de junho com uma diferença de umidade, temperatura, e esses números vão para 18, 20%".

 








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