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OMS classifica aspartame como possivelmente cancerígeno

As evidências sugerem o potencial da substância em causar câncer

Por: A Tarde
Publicado em 14/07/2023 06:08
Atualização:14/07/2023 06:18

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O adoçante artificial aspartame foi classificado como um composto "possivelmente cancerígeno para seres humanos" pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS). O adoçante artificial é um dos mais utilizados para substituir o açúcar dentro de casa e em produtos “zero”, como refrigerantes e sucos.

O relatório, liberado nesta quinta-feira, 13, categorizou a substância no grupo conhecido como 2b, do qual também fazem parte o extrato de aloe vera, as radiações eletromagnéticas e o digoxina, um medicamento indicado no tratamento de insuficiência cardíaca.

Ainda assim, na avaliação de risco, que estabelece o real perigo para o consumidor, o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação (JECFA, da sigla em inglês) decidiu que os estudos atuais não são suficientes para alterar o limite de consumo diário considerado seguro, de 40 mg por kg de peso corporal.

O trabalho foi feito em parceria com o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Os dois órgãos realizaram revisões independentes - mas complementares - da literatura científica. Enquanto a Iarc tem a missão de informar se determinada substância é cancerígena (ou não) e em qual grau, o JEFCA avalia a dosagem considerada segura.

"Temos evidências limitadas, e para um tipo de câncer. Portanto, essa classificação representa mais um chamado para que a comunidade científica realize mais pesquisas com o objetivo de entender melhor o potencial carcinogênico do aspartame", resumiu Mary Schubauer-Berigan, representante da Iarc, durante coletiva de imprensa organizada pela OMS.

A inserção do aspartame pelo Iarc no grupo 2b não significa que a substância esteja proibida. O relatório do JECFA mantém a indicação de 40 miligramas por quilo de peso como um limite diário seguro.








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