Quadros agudos de gastroenterite, caracterizados por sintomas como diarreia, vômito e febre alta. Estes são os principais sinais do norovírus que está infectando boa parte da população soteropolitana desde o início do mês de maio e que é extremamente contagioso.
Na última sexta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador confirmou um aumento significativo no número de casos na cidade, no entanto descartou possibilidade de surto e disse que não há motivo para alarde. A reportagem esteve na UPA dos Barris e foi possível avistar muita gente com sintomas da virose aguardando atendimento.
Por resistir mais tempo fora do corpo humano do que outros microrganismos, o vírus tem se proliferado mais rápido e infectado as pessoas em um período de tempo menor. A contaminação pode se dar em aglomerações (com proximidades com pessoas doentes), compartilhando objetos como garfos e talheres, e também pela água e por alimentos contaminados.
Conforme a SMS, não há motivo de alarde e de pânico pois o vírus é conhecido por ser sazonal e sua circulação é mais comum durante os meses de abril e maio, coincidindo com o período de outono e inverno na região.
A secretaria de saúde explica, entretanto, que a prevenção é fundamental. Medidas simples, como a higienização frequente das mãos e o uso de máscaras, podem ajudar a reduzir o risco de infecção.
A infectologista da SMS, Adielma Nizarala informa que o norovírus apresenta sintomas característicos, como náuseas súbitas, seguidas por vômitos e diarreia intensa, que geralmente aparecem dentro de um período de 24 a 72 horas após a infecção. Além disso, alguns pacientes podem desenvolver febre, dores de cabeça, dores abdominais e dores musculares.
“Trata-se de episódios periódicos que ocorrem mais comumente neste período do ano devido às baixas temperaturas que favorecem a disseminação de vírus e bactérias causadores de infecções. No caso do norovírus, os principais sintomas são náuseas repentinas, seguidas de vômitos e diarreia forte, que costumam aparecer entre 24 e 72 horas após a infecção”, explica.
A especialista ressalta a importância de ficar atento aos sintomas e adotar medidas preventivas para conter a propagação da infecção.
UPAS - As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade registraram uma queda no número de atendimentos nos últimos dois meses. Em abril, foram realizados 84.441 atendimentos, o que representa uma redução de 4% em relação a março, quando foram contabilizados 88.077 atendimentos.