Ao receber do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) uma denúncia sobre milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, por falta de medicamento e infraestrutura, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse: “O dinheiro que entra pelo ralo da corrupção deveria ser investido em todas as áreas sociais. Os senhores aqui me trazem exemplos contumazes de que a saúde é uma das áreas mais afetadas. Em resumo, significa dizer que a corrupção tem tirado vidas”, diz Lamachia.
O presidente do CFM, Carlos Vital, lembrou a infraestrutura precária dos hospitais públicos no País. “São questões primárias da atenção à saúde que estão em falta. Faltam quimioterápicos nos protocolos básicos, condições de acesso à hemodiálise, à radioterapia, à atenção à maternidade infantil, e os pacientes simplesmente morrem. Diariamente, são ceifadas vidas de cidadãos por causas absolutamente evitáveis”, frisou Vital.
Para o diretor jurídico da AMB, Carlos Michaelis Júnior, “as mazelas na saúde pública e o despreparo do governo federal em lidar com tais questões emergenciais são lamentáveis, razões que poderiam sem quaisquer dúvidas estear o descontentamento social com o poder público”.