No período de 2011 a 2015, apenas uma em cada cinco obras da área de saúde no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi concluída. Das 13.792 obras previstas, entre Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), apenas 2.880 estão prontas, 1.055 (7,6%) ainda não saiu do papel, e outras 9.857 (71,5%) estavam em andamento, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) feito com dados do portal do governo federal.
A melhor situação está com as UBSs, onde das 13.238 previstas foram concluídas 2.830 (21,4%). Já as UPAs, unidades mais complexas, das 554 previstas, apenas 50 (9%) foram concluídas.
“É fundamental que essas unidades básicas estejam abertas e funcionando, porque dor e sofrimento não marcam hora. É um escândalo. As unidades básicas são como consultórios de atendimento. E a unidade de pronto atendimento já é mais aparelhada, onde faz um atendimento de um adoecimento mais intenso, mais intensivo. Eles prometeram no Brasil inteiro 13,7 mil unidades desse tipo e entregaram 2,8 mil. É uma tragédia”, disse o vice-presidente do CFM, Jecé Freitas Brandão.