O gerente dos Correios em Itabela, Claudinei Cardoso da Silva, popularmente conhecido como Nei “do Correio”, depois de sofrer grave acidente em sua residência na última quarta-feira (14/8), continua internado na UTI do hospital Sobrasa em Teixeira de Freitas.
Segundo os familiares, “não houve comprometimento com perfuração do cérebro, e depois de ter sido submetido a cirurgia que durou cerca de três horas, para retirada de coágulo e recuperação dos ossos da parte esquerda do crânio, Nei, que foi colocado em coma induzido, já sendo retirado, apresenta boa recuperação, responde bem ao tratamento e a perguntas que lhe são feitas, dando assim sinais claros de consciência”.
O acidente
Segundo relato do seu genro, Nei fazia reparos em uma caixa d’água em sua residência, quando por volta das 06:30 da manhã teria caído, sua filha e a companheira ouviram um barulho e se depararam com ele que, mesmo ferido gravemente, estava acordado e andando.
Nei foi levado imediatamente para o hospital Frei Ricardo, sendo atendido pelo Dr. Eunilson, que fazia visitas a pacientes naquele exato momento, recomendando transferir o paciente para Eunápolis, onde teria melhores condições de atendimento, face à gravidade do quadro apresentado.
Conforme relato da família, de ambulância e acompanhado por profissional de enfermagem, depois de confirmação junto ao hospital, Nei foi transferido para o Hospital Ramos, e teve que ser levado para fazer exames de diagnóstico na BDI.
Segundo familiares, nessa peregrinação para prestar o melhor atendimento possível a Nei, alguns episódios aconteceram. Uns do lado positivo, como o atendimento prestativo e humano do Dr. Eunilson, a dedicação do pessoal da ambulância do hospital Frei Ricardo, a preocupação do secretário de saúde Lúcio França e a eficiência do atendimento no hospital Sobrasa em Teixeira de Freitas.
Mas de outro lado, também segundo relato dos familiares, situações preocupantes teriam causado revolta na família, como a falta de médico para atendimento imediato quando o paciente deu entrada no hospital, mesmo tendo sido passado fax relatando o caso; exigência de pagamento em dinheiro para que o neurologista pudesse ir ao hospital; falta de equipamentos de oxigênio na BDI, obrigando o motorista Fernando Galo a retirar o equipamento da ambulância e levar para a sala de exame; e até mesmo a invasão de privacidade por fotógrafo na residência do paciente.