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AMARELINHOS INTELIGENTES

Novo sistema de multas não vai mais permitir frear no radar e acelerar depois

Os radares de velocidade média já começaram a aparecer em vários pontos do país
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Por: Pushnews /Jerffeson Leone | Pub.: 21/09/2025 10:48 | Atual.:21/09/2025 11:12
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Os motoristas brasileiros estão prestes a encarar uma mudança que pode transformar de vez a forma de dirigir nas cidades e rodovias. Aquele velho truque de frear antes do radar e acelerar logo depois? Esqueça, porque essa estratégia já não vai funcionar.

Isso acontece porque os chamados radares de velocidade média já começaram a aparecer em vários pontos do país — tanto em rodovias quanto em avenidas movimentadas. Diferente dos radares comuns, eles não registram apenas um instante da sua velocidade. Assim que o motorista cruza o primeiro equipamento, o sistema passa a monitorar todo o trajeto percorrido. Em outras palavras: não adianta mais frear só no ponto exato e depois acelerar.

Os aparelhos já foram instalados, e segundo o Ministério dos Transportes, esses radares aguardam apenas a regulamentação federal e a homologação técnica do Inmetro para começarem a multar oficialmente. Enquanto isso, muitos deles já operam em caráter educativo em trechos de estradas e áreas urbanas. A expectativa é que a regulamentação seja concluída até o fim do ano.

O que muda em relação aos radares comuns

Diferentemente dos aparelhos tradicionais, que registram a velocidade apenas em um ponto específico da via, os novos radares funcionam em pares de sensores. Eles medem o tempo que o motorista leva para percorrer a distância entre esses pontos, calculando assim a velocidade média.

Esse sistema é projetado justamente para combater o hábito arriscado do “acelera e freia”. O objetivo é incentivar uma condução mais uniforme e segura, reduzindo não apenas acidentes, mas também poluição e congestionamentos.

Como funciona na prática

  1. Passagem pelo primeiro radar – Assim que o carro cruza o primeiro ponto de controle, a passagem é registrada, independentemente de estar acima ou abaixo da velocidade permitida.
  2. Deslocamento até o segundo ponto – O veículo segue viagem normalmente, mas o tempo total do trajeto continua sendo contabilizado pelo sistema.
  3. Cálculo da velocidade média – Ao passar pelo segundo radar, o software calcula a média: divide a distância percorrida (ΔS) pelo tempo total gasto (Δt). É o clássico conceito de física traduzido para o trânsito: Vm = ΔS/Δt.
  4. Resultado – Se a média ficar acima do limite estabelecido para a via, o motorista será multado.

Em outras palavras, não adianta frear apenas no segundo radar. A única maneira de escapar de uma infração é respeitar a velocidade durante todo o trajeto.

Os radares já estão multando?

Ainda não. Por enquanto, os radares de velocidade média instalados em rodovias e estradas brasileiras funcionam apenas de forma educativa. Eles monitoram o tráfego, mas não aplicam multas.

Isso deve mudar em breve, assim que o Inmetro concluir a homologação técnica e o governo publicar a regulamentação federal. A previsão é que a aplicação oficial das penalidades comece ainda em 2025.

Vale ressaltar que boatos nas redes sociais, como vídeos no TikTok que afirmam que as multas já estão em vigor, são falsos. Até o momento, nenhum condutor foi multado por esse novo sistema no Brasil.

Experiências internacionais do Radar

A tecnologia já é aplicada em países como Itália e Reino Unido, onde trouxe resultados expressivos. Relatórios recentes deixam um alerta importante. Tanto a Global Road Safety Partnership quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltam que basta reduzir um pouco a velocidade para milhares de vidas serem preservadas nas ruas e estradas.

  • A OMS aponta que 1% a menos na velocidade média reduz em até 4% os acidentes fatais.
  • Outro estudo mostra que 5% de redução pode significar até 30% menos mortes no trânsito.

Isso acontece porque a energia de impacto cresce de forma quadrática: quanto maior a velocidade, muito mais grave será a colisão.

Impacto esperado no trânsito brasileiro

  • Condução mais uniforme, sem variações bruscas de aceleração e frenagem.
  • Redução no número de acidentes, principalmente em áreas urbanas.
  • Menor emissão de poluentes, já que a direção constante economiza combustível.
  • Alívio nos congestionamentos, já que diminui o efeito “sanfona” nas vias.

Em resumo

O sistema de radares de velocidade média marca um novo capítulo na fiscalização de trânsito no Brasil. Com a tecnologia, não será mais possível trapacear freando no radar e acelerando em seguida. A única forma de evitar multas será respeitar o limite do começo ao fim do trajeto.

Enquanto o país aguarda a fase final de regulamentação, motoristas já podem começar a se adaptar a essa realidade. Afinal, muito mais do que evitar multas, a proposta é simples: salvar vidas e tornar o trânsito mais seguro para todos.


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