Desde a sua emancipação, o assunto recorrente, principalmente em cada período eleitoral ,quando os políticos saem à caça de votos, é sempre aquela fala fácil e sem conteúdo de que “Itabela precisa de indústria”, sem que nenhum deles tenha apresentado projetos, movido uma palha sequer ou tenha promovido ações e muito menos incentivos para captar investimentos industriais.
Exemplos aí estão com o município sendo um polo regional e produtor exponencial de frutas, café, leite, e não se tem notícia de que os dirigentes públicos e a classe política até então tenham tido a menor preocupação ou interesse em investimentos que venham aproveitar a matéria prima aqui produzida.
Agora, um horizonte muito grande se abre para Itabela, sem que os nossos dirigentes também tenham se dado conta ou sequer tenham tomado conhecimento, mas é bem provável que depois desta informação, apareçam os famosos “pais da criança”.
Tomara que nesses tempos de “pixuleco”, alguém por aí não apareça querendo um “pedaço” do investimento, do capital e do lucro do(s) proprietário(s) das áreas do projeto , ou da indústria australiana.
Projeto Grafita Itabela
Matéria publicada pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, diz que a empresa australiana Sayona Mining assinou termo de compromisso com a Brasil Grafite para adquirir o projeto de grafita Itabela, cujas sondagens de cerca de 8 mil metros já foram finalizadas, com estudos técnicos indicando uma reserva de 3,7 milhões de toneladas do minério.
O acordo de opção de compra pela Sayona Mining é no valor de US$ 3,5 milhões, previsto para durar quatro meses, enquanto é realizada auditoria técnica, que está em andamento e deve durar até final deste ano. Durante os quatro meses da auditoria, a Brasil Grafite deverá receber mensalmente da empresa australiana o valor de US$ 15 mil, e se concretizado o negócio, permanecerá com um royalty de 2% sobre a produção vendida.
Produção
A produção anual da mina é estimada em 18 mil toneladas nos primeiros quatro anos e de 36 mil posteriormente, com uma vida útil de 23 anos, de acordo com os estudos.
Segundo informações da CBPM, a Sayona Mining pretende iniciar a fase de produção dentro de 12 a 18 meses, com a rápida conclusão dos estudos de viabilidade e licenças.
Localização
A reportagem do CLIC 101 esteve visitando e percorrendo a área do projeto juntamente com o proprietário da fazenda onde foram feitas as sondagens, empresário Rubem Gregório Laviola, e ouviu dele a importância que a exploração da grafita pode significar para o município de Itabela, com geração de postos de trabalho e aporte de recursos com a arrecadação de impostos.
Citando exemplos de decepções sofridas num passado não muito distante, quando teria sido preterida por interesses de dirigentes públicos a sua disposição de contribuir com o desenvolvimento do município, o empresário ponderou que esse projeto deve ser olhado com exclusivos interesses direcionados para o município, para a comunidade.
Segundo Rubem, que nos mostrou a localização de piquetes demarcatórios das sondagens, a exploração da grafita em Itabela se deve à existência do minério em pouca profundidade, numa área que pode ultrapassar a sua fazenda, no sentido acima dela, e que poderia envolver também outras propriedades rurais.
O que é grafita
A grafita é um minério de alta pureza, com demanda em setores emergentes de novas tecnologias, utilizada principalmente na siderurgia, indústria aeroespacial, energia nuclear, produtos eletrônicos, fundição, lubrificantes, pilhas alcalinas, indústria automotiva (lonas de freio, embreagem, baterias), lubrificantes, fabricação de películas.
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