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Saudades

José Rodrigues Lira (ZÉ LIRA)


Publicado em 02/07/2013 10:00

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José Rodrigues Lira, ZÉ LIRA, como era conhecido, baiano nascido na cidade de Vitória da Conquista no dia 19 de março de 1917, desde cedo passou a trabalhar como tropeiro, mesma atividade do seu pai.

Casou-se ainda muito jovem com dona Judith Sampaio Lira, aos 18 anos de idade, indo morar no então povoado de Rio do Sul, município de Pinheiros/ES, adquirindo uma propriedade rural onde cultivada feijão, arroz, mandioca e criava gado.

 

 De lá, a família se transferiu para outro povoado, Sayonara, município de Conceição da Barra/ES, sempre trabalhando com as mesmas atividades rurais.

Em 1974, logo depois da inauguração da BR101 (1973), com a grande influência de terra boa e barata, com o surgimento do polo madeireiro e buscando melhores perspectivas de vida, veio para Itabela e adquiriu a Fazenda Bela Vista, a 6 quilômetros da BR 101, nas águas do córrego do Josino, onde extraia madeira que era vendida para as serrarias, plantava feijão e mandioca.

Zé Lira sempre fincou raiz na propriedade, de onde só saia aos sábados no seu jipe verde ano 1956 para ir à rua fazer a feira, ocasião em que ficava horas na mercearia de Jovelino Costa comprando os suprimentos da semana, tomando pinga e batendo longos papos com os amigos.

 

 

Do feliz casamento com dona Judith, por longos 65 anos, resultou uma prole de 14 filhos: Manoel, Maria de Lourdes, Ermelinda, Claudionor, Antônio, Arnaldo, Paulo, Reginaldo, Adeide, Almira, Delzuita, Roselita, Eurides e Marlucia.

Zé Lira gostava muito de festas de São João e de casa cheia. Todos os anos reunia a grande família e os muitos amigos, fazia e saltava fogueira, soltava fogos, comia batata assada na fogueira, a mesa da casa era farta, cuidadosamente preparada por dona Judith, onde não faltava muito bolo, biscoito, milho assado e o imperdível porco assado.

 

 Invariavelmente nos finais de tarde, cansado da lida diária, o que mais gostava era de deitar na rede armada entre as árvores do quintal, sempre acompanhado da sua fiel e inseparável companheira Judith. Ali relaxava fumando o seu tradicional cigarro de palha.

Cidadão dotado de uma paciência sem limites, tinha como ponto forte a extrema honestidade, qualidades que o acompanharam até o último dia de vida, quando veio a falecer em 11 de novembro de 2000.





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