Pai de Albert e Geórgia, casado com a senhora Tarcilia Brioschi Sartório, de personalidade forte e defensor ferrenho de seus princípios, Sartório chegou em Itabela e montou uma fábrica de lajotas às margens do Rio dos Frades, adquiriu terras no município e se transformou num dos mais respeitados pecuaristas da região.
Com seu jeito objetivo e verdadeiro no trato com as pessoas, fez poucos mas verdadeiros amigos.
Adorava e sabia tratar como ninguém as crianças, e quando ia às fazendas negociar bovinos, os filhos dos vaqueiros já o esperavam com ansiedade, pois sabiam que ele sempre chegava com balas e pirulitos.
Também fazia parte de seu perfil ser meio 'Professor Pardal', tanto que comprava equipamentos mas os adaptava ao “padrão Sartório”, e sempre teimava em contestar os outros inventores. O pior é que para desespero dos seus gozadores, quase sempre estava com a razão.
Nos seus últimos cinco anos de vida, parece que o guerreiro sabia que iria sucumbir e inteligente que era, aproveitou o que poude ao lado dos seus netos, desacelerou o trabalho, passou a ser menos exigente, a passear mais e frequentar os eventos rurais nas cavalgadas da região e nas noites da Fazenda Graciosa, tomando uma boa ‘pinga’ e cantando serestas ao som de violão.
Esse era Sartório, às vezes teimoso, mas firme, inteligente, generoso...
Com certeza, deixou grande legado a todos que tiveram o privilégio de tê-lo como amigo.
Nascido em 25/07/1946, João Hermogênio Sartório faleceu em 12/02/2009.