Aqui mesmo nesse espaço, temos contado e registrado histórias extremamente importantes de pessoas inesquecíveis que já se foram, e de tantas outras que para felicidade de todos continuam em nosso convívio.
Agora, ao invés de redigirmos, vamos deixar que o nosso homenageado conte com suas próprias palavras a sua trajetória de vida, exemplar sob todos os aspectos, profissionais, pessoais e familiares.
E no final da bela história abaixo relatada por Aías Porto, confira em vídeo o belo Documentário “As Cores do Rádio”, no qual Aías tem destacadas participações.
Quem é Aias Porto
Tenho 43 anos, entrei para o rádio quase que por acaso.
Na cidade de Itabela, onde nasci, fiz um discurso como orador da turma de formatura do ensino médio, e na platéia estavam o cirurgião dentista Evaristo Viana e o empresário Idalício Viana. Os dois irmãos gostaram da minha voz e da minha desenvoltura como orador naquela noite. Poucos meses depois, eles me convidaram para um teste na Rádio Pataxós FM, que eles haviam acabado de colocar no ar em fase experimental. Na época, eu quase caí para trás, porque nunca antes havia imaginado a possibilidade de ser locutor de rádio, mas topei o desafio.
E os irmãos Evaristo Viana e Idalício Viana estavam certos. Ali eu nasci para o rádio. Falei pela primeira vez numa estação de rádio no dia 29 de Maio de 1993, aos 18 anos de idade, com a emissora fazendo uma verdadeira revolução no meio radiofônico da região.
Anos depois eu trabalhei na extinta Rádio Mundaí, atual Band FM de Eunápolis.
Contudo, foi na Rádio 99 FM de Itamaraju que eu escrevi a minha história no rádio interativo do extremo sul da Bahia.
Em 2010 fui contratado para assumir o programa sertanejo da Rádio Nova Onda FM, de Aracruz, cidade da região metropolitana de Vitória-ES, onde cravei o meu nome no rádio capixaba.
Hoje, sou o mais recente contratado da Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo. Faço o Programa Coração Sertanejo de 5 às 8 da manhã direto do estúdio da Rádio Gazeta 98,3 FM em Linhares, que é também transmitido em Rede pela Rádio Gazeta 820 AM de Vitória.
O coordenador artístico Gabriel Filipe, responsável pela minha contratação, é uma pessoa formidável e de uma simplicidade incrível. Estou muito feliz por fazer parte da equipe da Rede Gazeta. Acredito que estou escrevendo uma linda história no rádio. Tenho formação em Rádio e TV pela Escola de Comunicação do Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET, atual IF/BA.
Como radialista, sou um locutor de uma dicção fácil, vocabulário popular, conto causos engraçados e estou sempre munido de diversos personagens, que comando sozinho no estúdio, mas para quem ouve, imagina um programa repleto de pessoas ao meu lado; porque sou exatamente assim, dinâmico, o que torna o meu diferencial no estilo de programa sertanejo que conduzo desde 2002.
Para quem me ouve, imagina uma pessoa igual na vida pessoal; mas, ao contrário sou uma pessoa totalmente reservada. Sempre procurei manter a discrição. Não frequento eventos públicos, e esse comportamento até tem me rendido um número ainda maior de admiradores, somados também pela curiosidade.
Sou cristão e levo muito a sério minha espiritualidade como membro das Testemunhas de Jeová.
Estou casado desde 2004 com a Samira, uma pessoa maravilhosa que entrou na minha vida em Itamarajú-Ba, e que juntos tivemos uma bela filha que já está com a idade de 9 anos e que se chama Sophia.
Sou de uma família de 6 irmãos, duas mulheres e quatro homens, entre os quais Finéias que trabalha na Delegacia da Polícia Civil de Itabela e Flávio Porto, locutor da Rádio Porto Brasil FM.
Nossa mãe é Dona Luíza, conhecida como Luíza do Avon. Mulher batalhadora, determinada, que viúva aos 34 anos, criou nós 6 sozinha.
Agradeço muito a Deus pela família que tenho e pelas pessoas maravilhosas que passaram por minha vida e que direta ou indiretamente me ajudaram na minha linda trajetória do rádio. Trajetória que começou, mesmo que sem querer, naquele belo discurso de formatura. Discurso esse que eu concluí com uma frase que nunca esqueci: “Os vencedores da batalha da vida são pessoas perseverantes, que embora não acreditando que são gênios, se convenceram que somente pelo esforço e pela perseverança poderiam chegar ao fim almejado.”